O Iluminismo, foi um movimento intelectual surgido na segunda metade do século XVIII (o chamado "século das luzes") que enfatizava a razão e a ciência como formas de explicar o universo. Foi um dos movimentos impulsionadores do capitalismo e da sociedade moderna, que obteve grande dinâmica nos países protestantes e lenta porém gradual influência nos países católicos.
O nome explica-se porque os filósofos da época acreditavam estar a iluminar as mentes das pessoas. É, de certo modo, um pensamento herdeiro da tradição do Renascimento e do Humanismo por defender a valorização do Homem e da Razão. Os iluministas acreditavam que a Razão seria a explicação para todas as coisas no universo, e contrapunham-se à fé.
Immanuel Kant, ele próprio um expoente da filosofia desta época, definiu o Iluminismo assim: "O Iluminismo é a saída do ser humano do estado de não-emancipação em que ele próprio se colocou. Não-emancipação é a incapacidade de fazer uso de sua razão sem recorrer a outros. Tem-se culpa própria na não-emancipação quando ela não advém de falta da razão, mas da falta de decisão e coragem de usar a razão sem as instruções de outrem. Ouse saber"!
Segundo os iluministas, cada pessoa deveria pensar por si própria, e não deixar-se levar por outras ideologias que, apesar de não concordarem, eram forçadas a seguir. Pregavam uma sociedade “livre”, com possibilidades de transição de classes e mais oportunidades iguais para todos. Economicamente, achavam que era da terra e da natureza que deveriam ser extraídas as riquezas dos países. Segundo Adam Smith, cada indivíduo deveria procurar lucro próprio sem escrúpulos, o que, na sua visão, geraria um bem-estar geral na civilização.
Em Portugal, uma figura marcante desta época foi o Marquês de Pombal. Tendo sido embaixador em Londres durante 7 anos (1738-1745), o futuro primeiro-ministro de Portugal ali terá recolhido as referências que marcaram a sua orientação como primeiro responsável político em Portugal. O Marquês de Pombal é um marco na história portuguesa, contrariando o legado histórico feudal e tentando por todos os meios aproximar Portugal do modelo da sociedade inglesa. Entretanto, Portugal mostrou-se por vezes hostil à influência daqueles que em Portugal se chamou pejorativamente de estrangeirados, fato pretensamente relacionado à influência Católica. Também, ao longo do século XVIII, o ambiente cultural português permaneceu pouco dinâmico, fato nada surpreendente num país onde mais de 80% da população era analfabeta.