terça-feira, 30 de maio de 2006

Ainda os professores

Existe em Portugal, num misto de informação e opinião, pessoas que tentam propositadamente, digo eu, deitar areia para os olhos do comum cidadão!... Fazem-no para defender uma reforma, uma nova lei ou directiva…

Em relação aos professores o que agora se diz é:
- Quem tem medo de ser avaliado? (Vital Moreira, aqui)
É claro que devem existir professores que terão medo de ser avaliados, é claro que toda a função pública deve ser avaliada com parâmetros claros que visem um melhor serviço público… A função pública tem de deixar de ser sinónimo de preguiça e mau serviço!... E, sim, Dr. Vital Moreira, os sindicatos não ajudam nada!...
Mas eu ainda não ouvi ninguém estar contra a avaliação, mas contra os parâmetros de avaliação…

Como Mac Adriano diz no seu Blog:
“o governo já declarou as suas intenções: mantém o que está mal no processo actual de avaliação, e ainda acrescenta algo de muito pior. O que já está mal e se mantém é a auto-avaliação, que não é mais do que o próprio professor ter que andar a desperdiçar tempo precioso na elaboração de estúpidos relatórios onde, através de uma burocrática verborreia, explica que conseguiu fazer o seu trabalho; outra estupidez que se mantém é a de os resultados dos alunos terem influência na avaliação dos professores, o que leva necessariamente a que muitos professores, por terem medo de ser mal avaliados e porque a burocracia a que são obrigados aumenta no caso de terem que reprovar alunos, optem por aprovar péssimos alunos que não mereciam outra coisa a não ser a reprovação. Em resumo, o sistema oferece a passagem de ano a alunos que deviam era estar numa casa de correcção.”

Se eu fosse professor, teria medo de ser avaliado pelos pais!... Um professor de uma qualquer Universidade deve ser avaliado pelos alunos (já que têm mais de 18 anos!)
Os professores querem ser avaliados, pelo menos os que conheço… Os professores, mais novos (e não só), com novas metodologias de ensino, vontade e até “queda para a coisa” querem subir pelo seu mérito e ganhar mais dinheiro do que aqueles que vão debitar “matéria” para dentro de uma sala de aula…
Uma Ordem dos Professores, acabava com essa “coisa” de entrada por nota final de curso, que é realmente uma injustiça… E os professores até concordam!...
Ataca-se com argumentos que todos concordam para tapar a estupidez que é um professor ser avaliado por um pai…
Sr. Vital Moreira, os sindicatos não representam todos os professores… Nem sequer a maioria!...
Vem a ministra dizer que a culpa do que está mal no ensino são os professores!... Também serão! Mas a maior cota de responsabilidade, e de longe, vai direitinha para o Ministério da Educação… O ensino está como está por causa da Srª Ministra e outros que tais que se sentaram na sua cadeira!...
Não pode haver turmas com menos de 20 alunos, quando toda a gente sabe que 16 é o número ideal para teóricas e 12 para laboratórios e aulas equiparadas… Quer a ministra dizer que um professor pode dar uma aula prática de química a 30 alunos? Quer a ministra dizer que poderá um professor de matemática dar um exercício com um grau de dificuldade alto e acompanhar os 30 alunos que o estão a fazer? Deverão continuar disciplinas como a área escola com um peso excessivo e diminuirmos as áreas como a química, física ou biologia? Poderão alunos com 7 negativas passar de ano por decreto? Não deverão os professores que tiram mestrados, pós-graduações e doutoramentos na sua área de ensino e subirem na carreira por isso?
Srª Ministra, também há médicos maus… Que não ligam aos seus doentes! Sabia?
Caiem pontes, casas e empreendimentos logo os engenheiros portugueses não valem nada?
Bem, sou mais do Sporting que português!

segunda-feira, 29 de maio de 2006

Só eu sei...

Ontem estive num almoço de “lagartixas”!... Devo-vos dizer que foi uma honra ouvir o grande Fernando Mamede e um homem de seu nome Dinis (de Leiria) que sabe mais de “verdagem” que todos os outros 3500 milhões juntos…
Uma das suas frases marcou-me:
- Tenho mais orgulho em ser do Sporting que ser Português!...
Eu, apesar de ser Benfiquista, respondi-lhe para os meus botões:
- Até eu!...
Sim, até eu sou mais do Sporting que português… Lá terei o amigo @_Drix_ a chamar-me facistas, mas é o que sinto!... Desculpem!... Para já sou do Glorioso!...

Depois de ler isto, do amiglo @Mac Adriano apraz-me dizer o seguinte:

Sempre fui um dos críticos dos professores!... Salvo poucas excepções, trabalhavam pouco, tinham demasiadas férias, tinham demasiados direitos e viviam com a faca e o queijo na mão, visto os conselhos executivos serem liderados por “colegas”… Mas isto por culpa deles!...
Bem sei, porque até sou casado com uma, que em casa estão até de madrugada a preparar aulas, corrigir testes ou fazer grelhas de avaliação… Porque não fazem tudo isto no local de trabalho? Não há espaços físicos? Não há computadores? Não há condições? Azar!... Dos alunos…
Porque tenho eu de deixar de jogar um “Age of Empire” porque a minha “mais que tudo” está a usar o nosso portátil para fazer um teste? Porque tenho eu que financiar com tinteiros e folhas de acetato aulas da responsabilidade do estado? Porque tem de sair meu orçamento familiar as fotocópias para teste formativos?
Em minha casa isso vai acabar!... Azar!... Dos alunos…
A taxa de reprovações e desistências nos primeiros anos de faculdade é das mais altas da Europa!... Pois, passa toda a gente!...
Um ano dei explicações de matemática a dois meninos do 12º ano, dei-lhes um teste do meu 12º ano para fazerem em casa como TPC… Eles foram mostrá-lo a professora que disse-lhes que era de um nível muito elevado!... Como não me consta que no ensino superior se tenha baixado o “nível” o que é que os alunos andam a fazer no secundário? O importante é passar! Não se chateia a escola, o professor, os pais, os alunos e o estado fica todo contente com a taxa de sucesso escolar… Na realidade, todos ganham… Menos o país!...
Desculpem, mas vão mas à merda mais essas teorias!
Amigos, vocês estão-me a ver a ir para uma reunião avaliar o professor de Português da minha filha? Eu? Um exemplo de como não se escreve e fala em português?
- A sua filha não sabe o que é um adjectivo!
E eu vou responder:
- Quero lá saber do adjectivo você vai dar-lhe um 5 ou não dá mais aulas na sua vida!...
Ou, já agora, estar num julgamento por ter sido apanhado por um polícia dentro de uma localidade a 150 Km/h, direi:
- Sr. Juiz, se gosta de estar aí sentadinho absolva-me e mande o polícia para a prisão!... Isto, se gosta da sua profissão!

Por isso vos digo (desculpa lá @_Drix_):
- Sou mais do Sporting que português!
Pelo menos enquanto ser português andar muito próximo do surreal!...

sábado, 27 de maio de 2006

Resposta

è incrível o que os € fazem nas pessoas!
Já se esqueceram das lutas (algumas ainda hoje se mantêm) contra a poluição provocadas pelas minas da Urgeiriça e pelos fornos eléctricos? Já se esqueceram dos índices de radioactividade que temos nas nossas terras? Já se esqueceram das elevadas taxas de cancro existentes e que estão directamente relacionados com os elevados índices de poluição da zona?
Ainda não leram as novas indicações da Comunidade Europeia, que dizem que aposta deverá ser feita nas energias renováveis?
Não sabem que somos o pais da Europa com melhores condições de exploração de energias renováveis?
À já algum tempo que leio este blogue e por vezes muitas me ri com tanta “asneira”, no enquanto este é um assunto que não diz respeito não só à CANADA mas a todos aqueles que tem que levar com a CANADA e com a sede de Euros dos mesmos.
Se os avós Canenses desconheciam as consequências quando lhe acenaram com uns vinténs para deixarem implantar os F. Eléctricos e as Minas. Isso não acontece hoje (ou talvez aconteça com aqueles que tem os olhos tapados pelos EUROS) a informação esta disponível para todos.
Pensem nos vossos filhos e netos e na qualidade de vida que lhes querem proporcionar.
Ps: Parabéns anjo-negro, haja alguém de olhos destapados pelos euros...

Depois deste violento ataque do @Lapense convém, no que me diz respeito, esclarecer o seguinte:
1 – Canas de Senhorim não tem as condições para ter uma Central Nuclear (teria para centrais da 3ª geração, mas isso é ainda mais inatingível)
2 - Canas de Senhorim só foi falada para exploração de urânio e deposição de resíduos, mas não foi por ninguém desta bela localidade
3 – Eu sou a favor do nuclear como mais uma forma de abstenção de energia (que, em centrais da 3ª geração, além da energia eléctrica produz hidrogénio em grandes quantidades, outra forma de energia que substitui directamente o combustível automóvel). Mais digo que sou favorável às incineradoras (co-incineração), bio combustível, das energias renováveis!...
4 – A CPFE e a ENU foram âncoras de Canas de Senhorim, fazem parte da sua identidade. Não é de bom-tom cuspir no prato que tanto e tão bem nos alimentou!
5 – Quanto ao ambiente, quem comeu a carne que coma os ossos… A pergunta é: quem e que comeu a carne?
6 – Não sei que € alguém tem a ganhar só por concordar com o nuclear!

Pergunta retórica! (V)

“Ex-líbris termal da Beira Alta é a estância termal das caldas da Felgueira, aqui na freguesia de Nelas. É das mais frequentadas do País, acolhendo anualmente muitas centenas de aquistas.”

Depois de ler isto no sítio da câmara municipal de asnelas, pergunto:
As Caldas da Felgueira são da freguesia de asnelas? Isso aconteceu quando os terrenos onde está estalada a Borgestena passaram da freguesia de Canas para asnelas? Ou foi quando os terrenos da zona industrial de asnelas passaram de Senhorim para a freguesia sede de município? Ou foi quando a estação da Vila passou a chamar-se Canas de Senhorim quando era Canas-Felgueira? Ou foi quando a placa limitadora de localidade da Lapa do Lobo sofreu a sua 1234ª alteração, entrando por Canas a dentro?

Pergunta retórica! (IV)

Num município, em que se faz um colóquio sobre o futuro do Carnaval de asnelas, em que são convidados oradores representantes dos Carnavais de Ovar e Torres Vedras, sendo um concelho uno, porque o Carnaval de Canas não é convidado? Sim! Qual é o futuro do Carnaval de asnelas? Será o dinheiro? Será que não tem futuro? Ou, simplesmente, a opinião do Carnaval não oficial do concelho uno, não interessa?

sexta-feira, 26 de maio de 2006

Onde é que eu já ouvi isto?

A realização do II Congresso da Cidade, em Coimbra, no fim-de-semana passado, veio revalidar e emprestar novo fôlego à experiência de participação política que vem tendo lugar desde há vários anos naquela cidade. Trata-se de uma boa oportunidade para reflectir sobre as virtualidades e limitações dos mecanismos espontâneos de intervenção cívica que, sobretudo a nível local, têm sido utilizados para aprofundar e enriquecer a democracia representativa.
Em 2001, o primeiro Congresso da Cidade veio estabelecer um novo patamar na reflexão colectiva e na intervenção cívica na vida da cidade e do município de Coimbra. A aprovação nesse congresso da Carta Constitucional da cidade introduziu um elemento inovador na concepção e organização das formas de "democracia participativa" a nível local. A criação de um "conselho da cidade", um organismo permanente constituído por membros eleitos no Congresso e por representantes das organizações sociais aderentes, proporcionou não só visibilidade pública à iniciativa mas também os meios para ela se poder concretizar.
O caso de Coimbra sobressai entre as diversas experiências de participação política a nível local que têm aparecido entre nós nos últimos anos, que representam um evidente eco, se bem que em versões muito "light", do movimento em prol da democracia participativa a nível local por esse mundo fora. É fácil ver que, embora sem ter podido corresponder às grandes ambições iniciais (como quase sempre...), a experiência coimbrã representou, ainda assim, uma iniciativa assaz positiva, mostrando que é possível organizar, com carácter continuado, a intervenção de cidadãos e organizações sociais na reflexão e na fiscalização do governo local.
A participação directa das pessoas e das organizações na gestão pública local, tanto na discussão sobre o governo municipal como na apreciação dos principais instrumentos da gestão urbana (PDM, plano de actividades e orçamento, etc.) e das políticas públicas locais em geral, não constitui somente um meio de aperfeiçoamento da democracia municipal, mediante o envolvimento cívico e a fiscalização e responsabilização política dos órgãos oficiais do poder local. É também um meio privilegiado de construção da identidade colectiva e de coesão social e territorial das comunidades locais, através do debate e da deliberação sobre os problemas da cidade, do desenvolvimento local e do governo municipal.
O desenvolvimento de formas específicas de participação cívica no governo local surge como um dos principais meios de resposta às insuficiências tradicionais da democracia representativa e à "crise de representação" por que ela vem passando, traduzida no crescimento da abstenção, da indiferença e da desconfiança política. Oriundo do Brasil, sobretudo através do processo do "orçamento participativo" de Porto Alegre, este movimento de "democratização da democracia" (como já foi certeiramente qualificado) tem-se estendido por outros continentes, incluindo a Europa.
Com efeito, a democracia não se esgota na democracia representativa, que tem a sua essência nos mecanismos eleitorais e na representação política. Para além desse 1.º pilar fundamental, há mais duas dimensões na organização democrática moderna. O 2.º pilar é constituído pelos dispositivos da democracia directa, pelos quais os cidadãos são chamados a pronunciar-se directamente sobre questões políticas ou a intervir na aprovação das leis e das decisões políticas. Os seus instrumentos principais são o referendo, a revogação popular de mandatos electivos (figura não existente entre nós) e a iniciativa legislativa popular. O 3.º pilar é o da democracia participativa, que consiste essencialmente na intervenção de organizações sociais na formulação das políticas públicas, seja mediante a participação directa nos órgãos decisórios (por exemplo, representação dos sindicatos e organizações de empregadores nos órgãos de governo da Segurança Social ou de "concertação social") seja mediante a criação de órgãos específicos de participação consultiva e propositiva, como sucede em vários países, entre os quais Portugal, com os conselhos económicos e sociais junto dos parlamentos.
A Constituição de 1976, na sua versão originária, se era ostensivamente hostil à democracia directa, nomeadamente aos referendos, era porém particularmente amistosa em relação à democracia participativa, sendo mesmo caracterizada por uma verdadeira inflação de formas de participação dos interessados nas instituições públicas, desde a Segurança Social às escolas, desde a legislação do trabalho ao ordenamento territorial. No plano local, a Constituição dava guarida, embora em termos muito limitados, às formas de participação popular geradas no período revolucionário, designadamente as comissões de moradores, a par da criação de conselhos económico-sociais, de representação das organizações de interesses na área económica, social, cultural, etc.
Contudo, à medida que o tempo foi passando, as referidas expressões da participação "externa" no governo local foram definhando, acabando por desaparecer, umas de direito (os conselhos económico-sociais), outras de facto (as comissões de moradores, que continuam inscritas na Constituição, apesar de se terem desvanecido quase por toda a parte). Enquanto isso sucedia, as instituições do governo local iam sendo caracterizadas crescentemente pelos fenómenos da partidarização e do presidencialismo, ambos contribuindo para o estreitamento da vida política local.
O "poder local democrático", que durante muito tempo constituiu um dos motivos de orgulho da novel democracia portuguesa, foi perdendo algum do seu fulgor originário. Não teve nenhuma serventia o reconhecimento do referendo local, logo em 1982, visto que, passado quase um quarto de século, o número de referendos locais realizados é quase nulo. Os órgãos do poder local não morrem de amores pelo referendo e faltam as estruturas locais alternativas que possam dinamizar a reclamação de consultas populares.
De lema democrático, o poder local tornou-se um crescente problema democrático, traduzido no crescimento da abstenção eleitoral, no alheamento cívico em relação ao governo local, no défice de renovação política (o fenómeno dos "dinossáurios" autárquicos), na vulnerabilidade ao populismo e ao clientelismo, no esgotamento do modelo de desenvolvimento local assente nas infra-estruturas e nos equipamentos físicos, no crescimento urbanístico sem rei nem roque. O arrastamento do processo de reforma do sistema de governo local só faz ressaltar o impasse a que se chegou.
Compreende-se por isso o nascimento de um novo movimento favorável à reactivação de mecanismos de democracia participativa, de forma a mobilizar os interesses dos cidadãos pela vida política local, a aumentar o escrutínio público do governo municipal, a promover a participação popular nas políticas públicas, incluindo de sectores populacionais normalmente afastados dos procedimentos da democracia representativa. Como se viu acima, esta "nova geração" de formas de democracia participativa, decididamente apoiadas por organizações internacionais como a OCDE ou o Conselho da Europa, resulta da convergência das experiências pioneiras de participação popular local nascidas em contextos de processos de democratização (como o "orçamento participativo" Brasil) com a "crise da representação" nas democracias representativas tradicionais.
Não existe, é bem sabido, alternativa global à democracia representativa. Mas uma democracia "multimodal" pode ser bem mais fecunda do que uma democracia "monista".

Vital Moreira
(Público, Terça-feira, 23 de Maio de 2006)

quinta-feira, 25 de maio de 2006

Muito triste!...

Volta Indonésia... Estás perdoada?

Amigos, amigos!...

A GALP, empresa de capitais estatais, que tem gás, gasóleo e gasolina 30% mais caro que em Espanha, que paga chorudos ordenados a ex-futuros-políticos para não fazerem nada, concorreu para explorar petróleo no Mar de Timor!...
Mas as autoridades timorenses acharam melhor dar aos italianos da ENI exploração!...
Lembro-me da quantidade de faxes que mandei à ONU, para intervirem na altura da eleições para a autodeterminação, lembro-me das vigílias feitas um pouco por todo o país, lembro-me da vinda de D. Ximenes Bello e Xanana Gusmão a Portugal logo após a independência em que Lisboa se cobriu de branco… Lembro-me até, que dentro de mim, sentia a necessidade de ajudar, nem que fosse com uma arma nas mãos…

Lá diz o ditado:
Amigos, amigos… Negócios à parte!...

terça-feira, 23 de maio de 2006

O LFM mandou-me o seguinte mail:

Vasco Pulido Valente no Público, 21/05/2006,

Recebi uma carta assinada por três ministros (a sra. Ministra da Cultura, a sra. Ministra da Educação e o sr. ministro Santos Silva), que me convidava para ser membro de uma Comissão de Honra do Plano Nacional de Leitura. Com a carta vinha uma síntese do dito Plano. O papel da Comissão de Honra seria dar o seu "prestígio e aconselhamento à execução do Plano". Por outras palavras, fazer alguma propaganda à coisa, como de resto o dr. Graça Moura, "muito penhorado", já começou a fazer. Propaganda por propaganda, resolvi responder em público que não aceito. Por várias razões. Em primeiro lugar, porque a carta e a "síntese do Plano" estão escritas num português macarrónico e analfabeto (frases sem sentido, erros de sintaxe, impropriedades, redundâncias, por aí fora). Quem escreve assim precisa de ler, e de ler muito, antes de meter o bedelho no que o próximo lê ou não lê.
Em segundo lugar, não aceito por causa do próprio Plano. O fim "essencial" do Plano é "mobilizar toda a sociedade portuguesa para a importância da leitura" (a propósito: como se "mobiliza" alguém "para a importância"?). Parece que as criancinhas do básico e do secundário não lêem, apesar do dinheiro já desperdiçado no ensino e em bibliotecas. Claro que se o Estado proibisse a televisão e o uso do computador (do "Messenger") e do telemóvel, as criancinhas leriam ou pelo menos, leriam mais. Na impossibilidade de tomar uma medida tão drástica, o Estado pretende "criar um ambiente social favorável à leitura", com uma espécie de missionação especializada. A extraordinária estupidez disto não merece comentário.
Em terceiro lugar, não aceito por que o Plano é inútil. Nunca se leu tanto em Portugal. Dan Brown, por exemplo, vendeu 470 000 exemplares, Miguel Sousa Tavares, 240 000, Margarida Rebelo Pinto vende entre 100 e 150 000 e Saramago, mesmo hoje, lá se consegue aguentar. O Estado não gosta da escolha? Uma pena, mas não cabe ao Estado orientar o gosto do bom povo. No interior, não há livrarias? Verdade. Só que a escola e a biblioteca, ainda por cima? orientadas? Não substituem a livraria. E um hiper-mercado, se me permitem a blasfémia, promove a leitura mais do que qualquer imaginável intervenção do Estado.
O Plano Nacional da Leitura não passa de uma fantasia para uns tantos funcionários justificarem a sua injustificável existência e espatifarem milhões, que o Estado extraiu esforçadamente ao contribuinte. Quem não percebe como o país chegou ao que chegou, não precisa de ir mais longe: foi com um número infinito de “?causas nobres?” como esta.
”?Causas nobres?”, na opinião dos srs ministros, convém acrescentar.

Os homens também choram!...

Eu já plantei uma árvore, fiz um filho (filha) e escrevi um livro… Estarei realizado? Já posso “ir desta para melhor”?

O meu livro teve uma edição de 5 exemplares! A distribuição foi gratuita e eu fiquei sem nenhum exemplar… Tinha a romântica ideia de que o disco rígido de um computador é eterno!... Amigos, não é!... Fiquei sem o meu livro!...
Na verdade, tenho tudo escrito num caderno, juntamente com o que o Professor de Programação deu no 1º semestre do 2º ano… Não é a mesma coisa!...
O título era “Os Homens Também Choram” e por supunha uma resposta meramente pessoal à canção dos “The Cure”, “Boys Don’t Cry”!

Mas, esta ridícula introdução, serve para vos falar doutra coisa… De outros homens, que não choram, de escritores de verdadeiros livros!...
São homens que se expõem… Falo-vos de um amigo!...
Mas, se calhar, é melhor não falar e deixar apenas um:
- Força, amigo escritor!

Sob o Signo da Vaidade!...

Sim, LFM, sob o signo da vaidade!...

Como é que num programa de televisão se consegue juntar tanto vaidoso?...
JPP passou todo o programa a perguntar o que é que havia de criticar, se os jornalistas, se o livro, se os lobby’s e eu sei lá que mais!... Ricardo Costa (Irmão do ministro e representante da SIC) tentou defender a imparcialidade da estação de Carnaxide… Não conseguiu!... A SIC é o OCS mais parcial da história portuguesa!... E eu, armando-me em Carrilho, diria que Ricardo Costa faz parte de um lobby de interesses mais ou menos obscuros… Mas, não tenho provas contundentes!... Existe uma luta de centrais de notícias, umas pró esquerda, outras pró direita, umas de interesses imobiliários e muito mais… Imaginem como seriam hoje as notícias caso Santana Lopes estivesse a fazer a mesma política do Eng. Sócrates?...
Rangel apenas mostra uma dor de cotovelo… Esteja descansado, o seu sucessor vai pelo mesmo caminho!
E, por fim, Carrilho!
Acredito que tudo que ele escreve até possa ser verdade… Mas, tristemente, terei de lhe dizer que só critica quando o prejudicam… Que quem trouxe a esposa e filho para a campanha, não foram os OCS, mas a sua campanha…
Poderá pôr numa arena alguém para chamar pessoas ao espectáculo, mas dizer ao touro que o ignore? Não me parece!... Quem está “entre tábuas” arrisca-se a levar umas marradas!...

Mas sim, foi uma feira das vaidades, todos eles são vaidosos e não admitem que também têm defeitos!...

segunda-feira, 22 de maio de 2006

Pergunta retórica! (III)

Porque se juntam em Lisboa mais de 18000 mulheres para fazerem uma bandeira de apoio a Selecção e 5000 pessoas, também em Lisboa, para ajudar crianças na Tanzânia?

Eu votei!...


Eu gastei 0.60€+IVA

sexta-feira, 19 de maio de 2006

Ainda a Eurovisão

Forasteiro no Blogue Canas&senhorins disse:

Nota: Espero não ofender mentalidades ou opiniões, mas se o fizer digam que eu retiro! Este é apenas um desabafo meu!!


Ontem com a Eurovisão veio outra vez à baila o Festival da Canção e toda a sua controvérsia. A questão, para quem não sabe, é que as Non Stop (que foram as representantes na Eurovisão) foram quem teve maior número de pontos do júri e por isso atribuíram-lhes 12 pontos pela votação do júri, mas em relação à votação do público, ficaram em 2º Lugar e por isso tiveram 10 pontos da votação do Público.
Outra concorrente, a Vânia Oliveira (Aquela das Delirium e que foi a alguns reality shows da TVI), teve a segunda melhor votação do júri, ficando com 10 pontos deste, mas do Público foi a mais votada por uma grande vantagem, ficando com 12 pontos do público.
Ou seja, no final elas ficaram empatadas.
Nas regras do festival, a votação do júri tem mais peso e por isso ganharam as Non Stop.
Mas aqui entra a grande questão.... Como é que os votos de 5 pessoas podem valer mais que milhares de votos do público... Então para quê deixar o público votar?
O mesmo se pode aplicar a Canas! Como é que a opinião de um Presidente, de uma dúzia do governo e de uma centena de Deputados (Porque não são todos) pode valer mais que a vontade de 3000 pessoas, de um Povo?????
E não me digam que estes governantes representam todos os Portugueses e por isso mais que três mil, porque sabem bem que as coisas não são assim.... Se eles representassem os Portugueses, as coisas provavelmente não estariam como estão...
Canas a Concelho!!!

PS: Em relação à Eurovisão, se representa a música na europa, então a música está mesmo muito mal.... Era cada uma pior que a outra... E as roupas... Nem se falam... Parecia que voltámos uns 20 anos atrás, a imitar as ABBA e as Doce e afins... E afinal, tanta controvérsia e nem passámos a pré-eleminatória....Enfim....

Eurovisão


aqui tinha sido informado da participação “especial” da Finlândia no Festival da Canção Eurovisão!... Pensei que seria alguma piada do meu “amiglo” @LFM, mas não!...
Os Lordi, apresentaram-se mesmo no festival deste ano com um música que nada tem a ver com o espírito suave do certame (apresentaram-se mesmo como a foto documenta!)!... Destaco também a Lituânia que apresentaram uma canção (muito fraca diga-se) com o título “We are the winners… of Eurovision”, cantado (?) por 6 (!) homens retirados certamente de algum manicómio da antiga União Soviética… E cantaram em Inglês, para que todos percebessem o seu devaneio!... Perguntaram-lhes na conferência de impressa que eles estavam a brincar com o festival, ao qual eles responderam, cinicamente, que não!
Na verdade, estas duas loucuras foram votadas para passarem à fase seguinte… E se nos for permitido votar na final (se a RTP a transmitir) vou gastar dinheiro para votar nos dois lituanos e finlandeses… Porque, de facto, é preciso levar a “coisa” na brincadeira ou mesmo no “gozo”!... A classificação dos festivais da Eurovisão, nunca espelhou o real valor das canções, mas da conjectura política!...

Uma referência à participação portuguesa:
Meu Deus!... De fato de banho? Mal cantado? Mal dançado?... Porque não seguirem o exemplo dos dois países atrás referidos e, digo eu, apresentarem-se nuas e com um pequeno momento de sexo ao vivo?... Querem apostar que íamos à final?

Touradas


Não gosto de touradas!...
Aprecio, no entanto, quando um forcado pega um touro de frente… Sem objectos!
Comparo as touradas à luta de galos ou de cães, só que, nas touradas, um dos intervenientes activos é um animal racional!... E as lutas de galos e cães (como espectáculo) são ilegais!...
Deveria ser proibida a transmissão via TV generalista, publicidade e imagens (mesmo que informativas) de tortura dos touros!... Para quem ver, só numa praça de touros!...
Mas o problema máximo é que o lobby das touradas “manda” nestas coisas e os defensores dos animais são colocadas imagens de fundamentalismo (o que às vezes até é verdade) esquecendo as verdades irrefutáveis que dizem!...
A bem dizer, num país culturalmente evoluído, os animais irracionais têm direitos… Em Portugal até os dos racionais andam a tirar!...
Sim, hajam touradas, andam a bandarilhar-me há tanto tempo!... Os touros não têm mais direitos que eu!... Mas até deveriam ter!...

quinta-feira, 18 de maio de 2006

O laicismo!

Portugal e um estado laico!... Concordo!...

A Igreja católica não deve ser considerada no protocolo como representativo do estado, mas deve ser considerada…
Contudo, para sermos coerentes, porque não alterarmos a Bandeira de Portugal?...

“O escudo de prata carregado de escudetes azuis besantados de prata aludem à mítica batalha de Ourique, na qual Cristo teria aparecido a D. Afonso Henriques prometendo-lhe a vitória, se adoptasse por armas as Suas chagas (em número de cinco, donde os cinco escudetes); sobre a origem dos besantes, diz-se ser a representação dos trinta dinheiros pelos quais Judas vendeu Jesus aos romanos (dobrando-se o número cinco no escudete central, por forma a totalizar trinta e não vinte cinco).”

Pergunto eu:
Não será contra a laicismo este significado da bandeira?

Depois até convém ler:
A bandeira tem um significado muito mais obscuro que o tradicionalmente aceite. Dizia-se durante o Estado Novo, o regime Nacionalista e autoritário que governou o País de 1933 até 1974, que o verde representava as florestas de Portugal e que o vermelho representava o sangue dos que tinham morrido ao serviço da Nação. Esta definição das cores é hoje aceite com variações, no entanto o significado original é muito mais obscuro. As cores da bandeira derivam da do Partido Republicano Português: o vermelho é uma das cores tradicionais do Federalismo Ibérico, uma ideologia Socialista-Republicana muito comum no início do século XX e que defendia a união política entre Portugal e Espanha; o verde era a cor que, segundo Augusto Comte, teórico do positivismo (doutrina filosófica muito cara aos mentores do PRP, designadamente Teófilo Braga), convinha aos homens do futuro, isto é, aos positivistas.
Os sete castelos representam as vitórias dos portugueses sobre os seus inimigos, e são também o símbolo do Reino do Algarve.
Federalismo Ibérico? Hummmmmmmmmm!...

Digam-me uma coisa… O Igreja não deve ser escorraçada… Não esqueçamos a nossa história… Ainda vai sendo aquilo que de melhor nos resta!

quarta-feira, 17 de maio de 2006

Ainda o porco a andar de bicicleta

@Observador escreveu:

De facto meu caro essa carapuça poderá servir a muita gente, a mim não pq até tenho uma (pasteleira) já bem velhinha, com campainha, roda 28 e 3 mudanças, e note quando tenho oportunidade dou uma voltinha, e vejo muitos porcos (sem ofensa para os porcos claro) instalados confortavelmente nos cafés/esplanadas desta nossa terra a fazerem comentários tristes como o que o Sr. aqui nos apresenta. O Sr. talvez até gostasse de uma bicicleta como essa, até eu...
Se falou a título de anedota essa já é velha.

Está a dirigir-se a mim, por causa de um post que pode ser lido aqui!...
Começa por dizer que a carapuça poderá servir a muita gente… Mas que carapuça?
Depois fala a sua “pasteleira”… Tem uma pasteleira, tem? E faz muitos pastéis? Pastéis de Porco, presumo?
Continua com uma alusão (comparação) à minha pessoa, falando do meu triste comentário (o Post), relacionando-o aos que o fazem nas esplanadas dos cafés, coisa que ele aprecia enquanto entrega os pastéis de porco de porta em porta!...
Não acaba sem dizer que eu talvez até gostasse de uma bicicleta como a que eu descrevi… Mas caro @Observador, eu descrevi a minha bicicleta (tirando a parte da liga de carbono) e, por acaso, gosto muito dela!... Serei eu o leitão que circulava na Rua Adriano dos Santos? Estará você à caça de porcos (ou leitões) para a sua pasteleira fazer mais pastéis?
Por fim pergunto:
Mas eu contei alguma anedota?
Não, nem velha nem nova…
Um porco (ainda leitão) a andar de bicicleta até é uma “extraordinariedade” sem importância nenhuma!... Já pastéis de porco não sei, enquadro-os nessas “extraordinariedades”!...
Ah! E já agora, onde posso comprar os pastéis de porco, feitos pela sua pasteleira e distribuídos por si?

Sob o Signo da Verdade!...

Pedro Nuno Duarte Editor do DN escreveu hoje a sua resposta ao Dr. Carrilho, visto o seu nome e jornal do qual é director, estarem referidos no Livro da marido da Bárbara Guimarães… Vale a pena ler!... Blogues há, que não permitiriam esta linguagem, não acham?

"Faço parte da "matilha" que fria e implacavelmente toldou a caminhada gloriosa do dr. Carrilho até aos paços do concelho. Na qualidade de membro dessa agremiação de malfeitores coube-me, segundo se escreve na página 127 de Sob o Signo da Verdade, escrever um editorial no Diário de Notícias que, além de "tosco", foi "revelador das intenções de toda a manobra". Neste caso, "manobra de diversão que mudasse o foco da atenção pública para outra coisa" que não as ideias e a estratégia do candidato à câmara. O DN, diz Carrilho mais à frente, fazia parte dos seis jornais que A. Cunha Vaz "se gabava" de "ter na mão" - o que significa que eu, na altura subdirector deste jornal, terei sido comprado ou manipulado, ou ambas as coisas, pelo tal A. Cunha Vaz, e o editorial que escrevi fazia parte da poderosa "campanha" de Carmona Rodrigues destinada a desvalorizar a genialidade dos lugares-comuns que o candidato socialista exibia diariamente.

Num país civilizado, eu devia processar o dr. Carrilho e ganhar muito dinheiro com a mancha que ele pretende deixar sobre o meu nome, que leva 25 anos de carreira profissional sem mácula. Em Portugal, talvez devesse seguir a estratégia de alguns amigos de Carrilho e, ao encontrá-lo na rua, enfiar-lhe dois murros bem dados, reduzindo-lhe o nariz à sua efectiva relevância pú-blica, ainda que lhe desse mais alguns minutos de notoriedade nas páginas do 24 Horas.

Como o país não é civilizado e eu não sou dado à violência física, resta-me escrever e publicar aqui o que diria ao dr. Carrilho se acaso o encontrasse neste instante na rua: "E se o sr. fosse à merda mais as suas invenções delirantes e perseguições disparatadas?" Melhor e mais simplesmente dito: "Porque raio não se enxerga, dr. Carrilho?"

Quanto ao essencial da acusação, devo comunicar aos leitores do livro Sob o Signo da Verdade que não conheço o sr. Cunha Vaz de lado algum, escrevi sempre os editoriais que entendi sem quaisquer limitações, e declarei publicamente o meu apoio à dra. Maria José Nogueira Pinto, apesar de ser eleitor habitual do Partido Socialista.

Ou seja, no que me diz respeito, estamos "Sob o Signo da Mentira". Ora, quem não se sente não é filho de boa gente. E eu sou."

E depois leiam isto!
E , já agora, isto!...

Pergunta retórica! (II)

Segundo li no DN, os senhorios podem perder a propriedade do que é seu se não fizerem obra!...

Estou para aqui a pensar!.... E se o governo fizesse o mesmo em relação aos concelhos que não investem nas suas freguesias?

terça-feira, 16 de maio de 2006

Bono Vox

Pergunta retórica!


Rouxinol Faduncho (sua banda e os cães de loiça) numa noite que promete ser fantástica.
Ginásio Clube Português na noite de abertura com a antestreia do espectáculo a ser apresentado na Gimnoestrada 2007.
As escolas do Sl Benfica e do Estrela da Amadora a que se junta o Canas e o Carregal do Sal num torneio quadrangular único na região!...
Exposições, conferências, gastronomia, pintura, artesanato música popular moldava, grega e letã, danças latinas, artes marciais, tiro com arco e muito mais…
Será preciso pedir desculpa para todos os canenses estarem presentes?

Querer não é poder!

Preciso de um carro!... A bem dizer, o que preciso mesmo é de um meio de transporte!...Estou inclinado para o Skoda Fabia Break 1.2!...
Pronto, já sei que me vão dizer que a marca é pouco comercial, que desvaloriza muito e que vem dos antigos países de leste…
A verdade é que a Shoda faz parte do grupo wolksvagem/audi, que o modelo em causa tem Airbag’s dianteiros, traseiros e laterais (8), ABS, ar condicionado com alimentação às baterias (não prejudica a eficácia do motor quando ligado), jantes especiais, computador de bordo, faróis de nevoeiro, banco e volante ajustável, leitor de cd’s com MP3 e ligação a Ipod…
Tudo isto pelo preço de 15 000€!...
O problema é o “capital” que escasseia nos meus bolsos, isto mesmo pagando 3 000€ de entrada, 75€ no 1º ano, 115€ no 2º, 155€ no 3º, 195€ no 4º e 304€ no 5º, 6º e 7º!... A propriedade fica logo em meu nome e não há pagamentos finais (preço residual)!... pagaria mais de 5 000€ de juros!...

Caso alguém queira oferecer-me o carro, ou, pelo menos, algum dinheiro agradecia!

segunda-feira, 15 de maio de 2006

Não me lixem!

O Meu Odioso e Inacreditável Município!


Descobri porque Mouzinho da Silveira (e seus consortes) nos casou com o município de asnelas!...

Faz tudo parte de uma programa da TVI, idealizado há mais de 150 anos pelo bisavô de José Eduardo Moniz, que visa divertir o público com as peripécias de um povo que não tem ligação ao outro, mas é obrigado a ser “terrivelmente” administrado por este!...

Podiam era ter avisado, pelo menos, a alguns de nós!...

O objectivo é provar que somos capazes de estar integrados no município e asnelas, quando estes ficam com os nossas impostos, não abrem ruas, esquecem as nossas zonas industriais, não são apoio condigno às associações e tudo o mais que nos faz perder a paciência!...

O último episódio do programa (concurso - “reality show”) foi, os canenses, terem eleito os simpáticos que bradavam “todos juntos pelo concelho de asnelas”… A nova estratégia de José Eduardo Moniz é agora “pôr a cabeça em água” da população com simpatia, mas não subvertendo a ideia original do Avô para o “Meu Odioso e Inacreditável Município”…

O papel de Júlia Pinheiro esteve entregue até ao princípio de ano a Jorge Sampaio, agora ainda não descobri quem vai ficar com o lugar de pivot…

Também ainda não é do meu conhecimento qual é o valor do prémio final, nem quem o paga (do orçamento de estado não deve ser!)…

sábado, 13 de maio de 2006

Não me lixem!


Portugal tem 365 camas de hospital por cada 100 000 habitantes. A União Europeia (UE) tem 611. Mas Portugal, tendo metade das camas do resto da Europa, acha que tem demais e, sob as mais estapafúrdias razões, não abranda na sua fúria de fechar hospitais.

Em Portugal apenas 26,2% da população fez o ensino secundário completo. No resto da UE a percentagem sobe para 66%. Assim sendo, não se percebe como é que Portugal pode ter uma taxa de desemprego entre esta população, nomeadamente entre pessoas com curso superior, tão próxima do resto da Europa. Será que só Portugal é que não precisa de gente qualificada para trabalhar?

Só em Portugal se fala à boca cheia de um tal de choque tecnológico. Na UE, sem que os respectivos países o apregoem, 53% dos lares possuem ligação à Internet. Em Portugal, isso acontece em apenas 31% das casas. No entanto, o governo agora quer obrigar a pagar o selo do carro via Internet. Como é que 69% das famílias o vão fazer? Isso, por cá, pouco interessa. Eles que se desenrasquem!

Se calhar até se encontra neste parágrafo a explicação para a questão do parágrafo anterior: na UE apenas 4,4% das famílias não têm dinheiro para comprar um carro. Em Portugal são 20,2% as famílias que não o podem fazer. Se assim é, também não precisam de pagar o tal selo. Problema resolvido.

Apesar da apregoada insustentabilidade do sistema, Portugal gasta menos em protecção social em geral e, especificamente, em pensões do que o resto da Europa, apesar da longa lista de pensões milionárias que por cá existem. Parece que só não há sustentabilidade para as pensões miseráveis. E, por falar nisso, Portugal é só o país da UE dos 15 onde a desigualdade de rendimentos é maior (fenómeno típico dos países terceiro-mundistas). É, também, um país onde o risco persistente de pobreza representa quase o dobro da média europeia (15% contra 9%).

Na UE, 11,9% das pessoas têm formação contínua ao longo da vida. Em Portugal, 4,6%. A ignorância e a desqualificação profissional dão um certo jeito aos oligarcas que dominam o país. Daí que o 9º ano esteja em saldos, sendo oferecido, administrativamente, a todo e qualquer aluno que não saiba ler nem escrever. Sempre melhora as terríveis estatísticas e convence as pessoas de que têm filhos inteligentes.

Segundo números de 2004, o rendimento médio (líquido) dos trabalhadores portugueses era de 1 394 euros. Na cauda da Europa dos 15, claro! Bem longe, por exemplo, dos 4 312 euros da Suécia (ainda por cima, número de 2003), dos 4 186 da Dinamarca, dos 3 910 euros da Bélgica, dos 3 848 do Reino Unido, dos 3 828 da Holanda, etc., etc., etc. Mesmo os mais pobrezinhos estão bem acima deste mísero país: 1 984 euros na Grécia (em 2003!), 2 081 euros em Espanha ou 2 904 na Itália (número de 2002!). Ou seja, em 2005/06, Portugal é o único país dos 15 que não só não ultrapassou a barreira dos 2 000 euros, como ainda está muito longe de o fazer. E estamos na UE há 20 anos e, quando lá entrámos, estávamos acima dos níveis de Espanha!!! Mesmo entre os 10 pobrezinhos que entraram agora para a União, o Chipre e a Eslovénia já estão bem acima de Portugal e Malta já está ao mesmo nível. Quer se goste da conclusão, quer não, má sorte a nossa não sermos, ao menos, província espanhola. E a nossa vergonha tem duas faces: PS e PSD (e todos aqueles – a maioria – que neles religiosamente votam).

in blogue "Bananas da República"

Xenófobo, Racista.... E Fascista!...

No Blogue, Mar Salgado, FVL escreveu:

“NÃO PODEM VER UMA CAMISA A UM POBRE: Leio no DN de hoje que o PNR ( "extrema-direita") protestou contra a iniciativa da presidente da autarquia de Vila de Rei ( importação de brasileiros). Parece que o argumento é o seguinte: " se querer os portugueses em primeiro lugar é ser racista e xenófobo, então somos isso".
O discurso nacionalista utiliza estas mensagens porque são as únicas que têm aceitação, ainda que mitigada, em algumas faixas da população. O resto é o deserto fechado à chave. Mas essa mitigada aceitação é que deve preocupar os bons espíritos. A iniciativa de Vila de Rei não deveria ser apregoada com tambores, precisamente porque faz eco nos beduínos do pensamento político. Rui Pena Pires, que comenta a notícia para o DN, diz o óbvio: poucos (ou nenhuns) portugueses aceitariam ser deslocalizados para Vila de Rei com a promessa de um ordenado mínimo. Tudo muito certo. Mas é bom não esquecer que do outro lado da estepe, uma boa parte da esquerda ressequida tem ataques de asma de cada vez que se fala em deslocar funcionários públicos ou trabalhadores para zonas deprimidas do país. O que é bom para os brasileiros não é bom para nós, pois não?”

Como sabem, se há coisas que me deixam sentido, é comentários de amigos a acusarem-me daquilo que realmente não sou!...
Bem sei que tenho muitas dificuldades em expressar por escrito o meu pensamento, mas, “amiglo” Pai Mouro eu não sou xenófobo nem racista!... E também não sou fascista!
O discurso nacionalista utiliza estas mensagens porque são as únicas que têm aceitação, ainda que mitigada, em algumas faixas da população… E utiliza porque Portugal, ainda é dos portugueses e estes parece não gostar do País!...
A verdade é que os nacionalistas não podem ver uma camisa a uma pobre!...
Não me esqueço que muitos portugueses foram para França exactamente para fazerem trabalhos que os franceses não queriam!... Eu concordo com esta visão dos responsávei de Vila de Rei!
Para mim o post do blogue mar salgado vai exactamente no sentido contrário!... Penso eu de que!...

quinta-feira, 11 de maio de 2006

GALP

PORQUE SERÁ QUE OS ÓRGÃOS DE COMUNICAÇÃO SOCIAL NÃO PUBLICAM ISTO?
DIVULGUEM O MAIS QUE POSSAM

É inacreditável, mas é o país que temos.
Era a manchete do Expresso de Sábado e custa acreditar.
A nossa petrolífera tem vindo a ser albergue de parasitas e toca de incompetentes.
Veja-se:
Um quadro superior da GALP, admitido em 2002, saiu com uma indemnização de 290.000 euros, em 2004. Tinha entrado na GALP pela mão de António Mexia e saiu de lá para a REFER, quando Mexia passou a ser Ministro das O.P. e Transportes...
O filho de Miguel Horta e Costa, recém licenciado, entrou para lá com 28 anos e a receber, desde logo, 6600 euros mensais.
Freitas do Amaral foi consultor da empresa, entre 2003 e 2005, por 6350 euros/mês, além de gabinete e seguro de vida no valor de 70 meses de ordenado.
Manuel Queiró, do PP, era administrador da área de imobiliário(?) 8.000 euros/mês.
A contratação de um administrador espanhol passou por ser-lhe oferecido 15 anos de antiguidade (é o que receberá na hora da saída), pagamento da casa e do colégio dos filhos, entre outras regalias.
Guido Albuquerque, cunhado de Morais Sarmento, foi sacado da ESSO para a GALP. Custo: 17 anos de antiguidade, ordenado de 17.400 euros e seguro de vida igual a 70 meses de ordenado.
Ferreira do Amaral, presidente do Conselho de Administração. Um cargo não executivo(?) era remunerado de forma simbólica: três mil euros por mês, pelas presenças. Mas, pouco depois da nomeação, passou a receber PPRs no valor de 10.000 euros, o que dá um ordenado "simbólico" de 13.000 euros...

Outros exemplos avulsos:
Um engenheiro agrónomo que foi trabalhar para a área financeira a 10.000 euros por mês; a especialista em Finanças que foi para Marketing por 9800 euros/mês...
Neste momento, o presidente da Comissão executiva ganha 30.000 euros e os vogais 17.500.
Com os novos aumentos, Murteira Nabo passa de 15.000 para 20.000 euros mensais.
A GALP é o que é, não por culpa destes senhores, mas sim dos amigos que ocupam, à vez, a cadeira do poder. É claro que esta atitude, emula do clássico "é fartar, vilanagem", só funciona porque existe uma
inenarrável parceria GALP/Governo. Esta dupla, encarregada de "assaltar" o contribuinte português de cada vez que se dirige a uma bomba de gasolina, funciona porque metade do preço de um litro de combustível vai para a empresa e, a outra metade, para o Governo.
Assim, este dream team à moda de Portugal, pode dar cobertura a um bando de sanguessugas que não têm outro mérito senão o cartão de militante. Ou o pagamento de um qualquer favor político...
Antes sustentar as gasolineiras espanholas que estão no mercado do que estes vampiros!

Afinsav vvs Segurança Social

Afinsa

Segurança Social

Suspeitas de esquema da pirâmide.

Esquema da pirâmide

Regulado por contrato.

Regulado por decisão arbitrária do poder político.

Autoridades policiais estão de olho neles.

Eles mandam nas autoridades policiais.

Os responsáveis estão presos.

Os responsáveis ocupam altos cargos nacionais e internacionais.

Adesão voluntária.

Adesão obrigatória.

Investimento parcialmente coberto por objectos de colecção de valor duvidoso.

Sem garantias.

Responsáveis condecorados pelo Presidente da República.

Responsáveis tornam-se Presidente da República.

Relações públicas da instituição garantem que está tudo bem.

Relações públicas da instituição garantem que está tudo bem.

Martins da Cruz está envolvido, mas nega responsabilidades.

Martins da Cruz já esteve envolvido, mas sem responsabilidades directas.

Possível falência provoca corrida aos levantamentos.

O dinheiro depositado não pode ser levantado.

Notícias colocadas nos jornais procuram dar uma ilusão de sustentabilidade.

Notícias colocadas nos jornais procuram dar uma ilusão de sustentabilidade.

In Blog a Blasfémia

quarta-feira, 10 de maio de 2006

Desculpe Qualquer Coisita

Estou aparvalhado!...
Encontrei o melhor Blog português...
Simplesmente genial!...
http://desculpeqqc.blogspot.com/

Canas em Movimento 2006

Informação

No dia 22 de Junho de 2006 Canas de Senhorim assistirá ao grandioso espectáculo de “Rouxinol Fadunco”… Com os seus cães de loiça!...
Está entregado no Projecto Canas em Movimento – 810 anos de Foral

Grandes Ângulos

Do site BVcanas

“Nas próximas duas semanas irão frequentar um curso de salvamento em grande ângulo quatro elementos dos Bombeiros Voluntários de Canas de Senhorim.
Esperamos que concluam a formação com aproveitamento e que dotem o CB de mais capacidade nesta área.”

Mas agora perguntou eu!
O que é um Salvamento em Grande Ângulo?
Aqui, encontrarão mais informação e então concluo que também não me importava de tirar esse curso!...
Certo dia obrigaram-me a descer o paredão da barragem da Aguieira, são mais de 50m de altura (é claro que estou a exagerar – mas é alto)!
Quando me debrucei para iniciar a descida, de cu virado para o precipício o meu pensamento foi: desistir!...
Mas, para admiração minha, uma esbelta “moçoila”, põe-se em pé em cima do muro, e toca a descer por aí abaixo à “australiana” e, se eu me “cortasse” à descida, era uma vergonha para a humanidade (com “h” pequeno) … Por isso, e só por isso, iniciei a descida qual caracol com cãibras… Ok, aceito que foi um comportamento machista, perdão as senhoras por isso!... Mas um gajo tem de manter as aparências!...
No entanto, o tropa que estava cá em baixo a fazer segurança à “moçoila”, assustou-se com sua categoria de descida e travou-a e ela focou ensarilhada no meio do paredão da barragem e com uma mão mal tratada… A corda de segurança (?) não a deixava cair, mas também não era possível içá-la de volta ao topo!...
Não é que o pessoal começou a gritar-me para ajudar a rapariga?
Pensei para mim:
- É pá, eu nem devia estar aqui!... Porra, não estava tão bem lá em cima a rir-me dos outros?
Parei ao lado dela (3 m) e balancei-me até me alcancei-a, desensarilhei a corda de segurança (estava a prender-lhe a mão) e mais não consegui… Entretanto já estavam os militares junto a nós e fizeram o salvamento em grande ângulo…
Eu lá continuei a descer, sempre no meu ritmo (devagarinho e parado) até ao fundo!...
Depois, fui mudar as cuecas! E decidi que não tenho espírito para ser herói, desculpem mas não tenho!...

Se quem tem cu tem medo, dir-vos-ei que o meu deveria ser do tamanho do mundo!... Bem, pelo menos no que diz respeito a grandes ângulos!

Portugal marca!... IV

O estudo de mercado "O Poder de Sedução de Portugal", levado a cabo pela empresa TNS Portugal, concluiu que os portugueses não se interessam pelo seu país, são pessimistas e estão pouco preocupados com o futuro da pátria. Alguma novidade? Penso que não. Basta ver a forma como tratamos do nosso bocado - seja no património ou no urbanismo, na defesa do ambiente ou no cuidado com a paisagem - para confirmar o desinteresse geral por "isto" que nos rodeia. É óbvio que, em geral, nos estamos "nas tintas" para o país e preocupados apenas com a nossa "vidinha".

"Se Portugal fosse uma marca, e se nada fosse feito, estaríamos em risco de desaparecer" - Luís Simões, da empresa TNS Portugal, chega a esta conclusão ao observar o tal estudo à luz dos critérios que determinam o valor de uma marca, da notoriedade à fidelização, dos sentimentos que desencadeia nos "consumidores" à "imagem" que transmite.

Parece-me, no entanto, que Luís Simões é um optimista - porque Portugal, com ou sem estudos sobre o seu poder de sedução, desaparece todos os dias um bocadinho, submerso pela inevitável globalização, fragilizado pela sua posição na Europa, negligenciado por Governos que estudam a "marca" em ciclos de quatro anos - e cujo marketing se serve do país sem servir o país.

Portugal até consegue prever o seu desaparecimento - na segunda-feira, aqui no DN, revelava-se uma projecção europeia que coloca o nosso país, daqui a 40 anos, na cauda de todos os países europeus (incluindo os pós-alargamentos), por conta do envelhecimento da população e da reduzida produtividade. Ou seja, além de desaparecer a olhos vistos, Portugal consegue olhar a catástrofe à distância. E, provavelmente, nada fazer para a evitar... Visto isto, no presente e no futuro, Portugal tem efectivamente pouco interesse - mesmo como "animal em vias de extinção", não é muito apetitoso para estudar, falta-lhe originalidade e especificidade.

Resta-nos o humor. Rir de nós próprios, rir tristemente da nossa miséria. Não é por acaso que os últimos anos viram nascer um conjunto generoso de talentos nessa área. Para gozar, não há melhor. Mas é preciso aproveitar agora. Antes que o país se apague de vez.

Pedro Rolo Duarte - DN 10-5-2006

De onde Vêm as Setas?... (IV)

Versão 4.0

Existe sempre alguma confusão na minha cabeça quando tenho de responder a alguém… Melhor, quando e se responder…
A blogolândia canense tem muitas personagens e ás vezes convém ver de onde vêm as “setas”...

Por cima
Sr. Fulano Tal
A Outra Bancada
_Drix_

Ao lado
Brain (ex-Dr. Brain)
Língua estufada
Ratzinguer
Primadona
Pai Mouro
Tubaro
Anarquia
Granito
Canense
Por quem não esqueci
Cavalo Lusitano
Mr. Kunami
Município CDS
Pedro Lima
Crédito
Anjo Negro

De perto
Donadaprima
Sr. Cicrano
Portugasuave
Dr. Tirone
Sir Im.parcial
Pombo-correio
Batalhense
Má língua Canense
Jordão
Iznogood
MoiMemme
Forasteiro
Galinha Riça
Cristalina
Achadiça

Ao Largo
Mineiro
SAncademironhes
Estrela Polar

De longe
Xeke
Karl
Vlad
Olaj
Ultimato
Canas Virtual

Para lá do horizonte
Ce que je penses

Tabu
Gaivina
Soda Cáustica

terça-feira, 9 de maio de 2006

Reafirmação!

Por ser um Blogue que frequento, que gosto e leio assiduamente (ou não fosse o 1º na minha lista de blogues no menu lateral) gostaria de dar voz ao meu amiglo @Farpas:

Estou farto que fechem as caixas de comentários dos blogs! Estou farto que se diga o que se quer sem dar direito a que se possa discutir opiniões! Cada qual terá as suas razões, mas quando é uma decisão tomada desde início, para mim é uma fuga à discussão de opiniões. Sou absolutamente contra o fecho das caixas de comentários dos blogs. Tenho dito!

Reafirmo a minha posição:
No voando Sobre Um ninho de Cucos não há direito ao contraditório público, têm a caixa de e-mail… O motivo principal é eu não querer!...

Será, sempre a descer!...

Portugal é, desde a sua génese, um país culturalmente obrigado a gritar por afirmação!...
Se D. Afonso Henrique fosse obrigado a aturar (até foi!), o que hoje os que clamam de independências, liberdades, direito à autodeterminação e outras coisas que tais, são obrigados a ouvir, não teria, por certo, continuado a conquista dos territórios mouriscos e mantinha-se como condado a levar com os desmandados do Rei de Castela (e sua mãe)…
Querermos a nossa maternidade, o nosso município, a nossa extensão de saúde, a nossa escola, a nossa auto-estrada, a nossa equipa na 1ª Liga, o querer, é legítimo! Lutar por isso válido e respeitável, ou não tivesse o pai da nossa identidade feito o mesmo há mais de 900 anos atrás…
Querer e lutar por estas e outras coisas sendo tecnicamente, economicamente inviável, até ilógico, não é fazer mais que D. Afonso Henriques!...
É esta a força de Portugal!
Dar identidades a esses cidadãos e co-responsabilizá-los, é necessário porque está enraizado culturalmente… Precisamos de dar “naus” a esses povos para que possam passar além do Bojador, virar os seus Cabos das Tormentas e serem grandes, tornando Portugal grande!...
Como podem querer ter pessoas a puxar pelo país, quando “os que mandam” (e até passam por cima de decisões de tribunais) são os primeiros a tirar as cordas aos cidadãos que querem ajudar?...
Enquanto Portugal for dos políticos portugueses e não dos cidadãos portugueses, será sempre a “descer”… Até deixar de haver Portugal e portugueses! Bem, talvez aí sejamos realmente felizes!...

Este Portugal

http://lusitaniavox.blogspot.com/2006/05/1-grande-encontro-do-desagrado.html

O Blogue Voando sobre um Ninho de Cucos associa-se a este evento do Lusitânia Voz (Este país o Nosso):

unta-te ao 1º Grande Encontro do Desagrado Nacional no Jardim da Praça do Império, junto à fonte (frente ao Mosteiro dos Jerónimos - Belém, Lisboa - pelas 10h30 am ).

Uma conversa de amigos onde cada participante terá 5 minutos para, de viva voz, dizer aos amigos que o ouvem o que de pior sente sobre quem governa este país.

Isto não é uma manifestação. Não é uma concentração. Não é um encontro partidário. Não estamos ligados a qualquer movimento partidário.

A única coisa que nos une é : O FACTO DE ESTARMOS FARTOS.

- Estamos fartos de ter a gasolina mais cara da Europa e num mercado em que a petrolífera que cobra mais aos portugueses é uma empresa com capitais públicos

- Estamos fartos de ter as telecomunicações mais caras da Europa e num mercado em que a operadora que cobra mais aos portugueses é uma empresa com capitais públicos

- Estamos fartos de ver OPAs que não trazem qualquer benefício para o mercado, a não ser preços mais altos, menor concorrência e mais desemprego

- Estamos fartos de ter os carros mais caros da Europa

- Estamos fartos de continuar a pagar portagens enquanto as estradas estão a ser reparadas

- Estamos fartos de ser considerados como os piores condutores da Europa esquecendo que temos as piores estradas da Europa

- Estamos fartos de ter os administradores mais bem pagos do mundo e sermos os trabalhadores mais mal-pagos da Europa

- Estamos fartos de ver as reformas e outros benefícios serem reduzidos para os pequenos pensionistas enquanto centenas de funcionários públicos se reformam todos os meses com milhares de euros de reforma

- Estamos fartos de ver maternidades a encerrar enquanto se gasta dinheiro em exonerações políticas e propaganda para o Governo

- Estamos fartos de ver ministros a empregar os familiares nos ministérios enquanto centenas de milhar de jovens desesperam à procura de emprego

- Estamos fartos de ver ministros (que eram comunistas e agora são socialistas) dizer que deveriamos ser todos espanhóis

- Estamos cansados de ver ministros dizerem que estão cansados

- Estamos fartos de ver serem perdoadas dívidas fiscais e de segurança social aos clubes enquanto milhares de pequenas e médias empresas fecham as portas porque não têm dinheiro para cumprir as suas obrigações (1, 2, 3, 4 )

- Estamos fartos de ver grandes empresários (os mesmos que pedem contenção salarial) e governantes a ludibriar o próprio fisco ou a não cumprir com as suas obrigações fiscais

- Estamos fartos de ver um despesismo interminável com contratações de ex-governantes para administrações de organismos e empresas públicas, enquanto acumulam com salários de deputados e reformas imerecidas (Jorge Coelho , Santana Lopes, António Mexia, Armando Vara, Celeste Cardona, etc etc etc )

- Estamos fartos de ver ex-ministros a serem nomeados para empresas públicas e outros assumirem presidências de conselho de administração de empresas espanholas (que ajudaram a entrar em Portugal), sem se saber bem como ou porquê

- Estamos fartos de ver deputados que são consultores de empresas e que ludibriam o próprio estado, assinando folhas de presença e abandonando o parlamento

- Estamos fartos de ver tribunais que não levam os políticos a julgamento

- Estamos fartos de senhores que dizem que o nuclear é bom para Portugal, enquanto ainda se tem tanto para fazer e investir nas energias alternativas

- Estamos fartos de ver políticos a comentar política na televisão como se nunca tivessem feito parte de governos de Portugal ( Paulo Portas, Jorge Coelho, etc etc )

- Estamos fartos da forma de governo medieval dos partidos do poder (PS, PSD e CDS) e das sociedades e interesses menos públicos que os atravessam (opus dei e maçonaria)

- Estamos fartos de ser a cauda da Europa e....ESTAMOS FARTOS DE ESTAR FARTOS !

Envia a tua inscrição e tema da apresentação (duração máxima de 5 min.) para sebastiao@mail.pt até ao próximo dia 25 de Maio.

E prepara-te para dares voz ao que sentes !

Sublinhamos que este convite não é uma convocatória para qualquer manifestação ou concentração. Este é um encontro de amigos que têm em comum o facto de ESTAREM FARTOS!

"O que me preocupa não é o grito dos maus. É o silêncio dos bons."
Martin Luther King




(p.f. ajuda a divulgar este encontro - obrigado !)

segunda-feira, 8 de maio de 2006

Existencialismo

Muitas pessoas fazem uma ligação entre a falta de fé ou crenças com ideais existenciais. O existencialismo pouco tem a ver com fé. Segundo Walter Kauffmann, "Certamente, o existencialismo não é uma escola de pensamentos. Os três escritores que sempre aparecem em toda lista de existencialistas - Jaspers, Heidegger e Sartre - não concordam em sua essência. Considerando Rilke, Kafka e Camus, fica claro que a característica essencial compartilhada por todos é o seu individualismo exagerado." Para entender o significado de existencialismo, é preciso entender que a visão americana do existencialismo derivou das obras de três activistas políticos, não puristas intelectuais. A América aprendeu o termo existencialismo depois da II Guerra. O termo foi criado por Jean-Paul Sartre para descrever suas próprias filosofias. Até 1950, o termo era aplicado a várias escolas divergentes de pensamento. Apesar das variações filosóficas, religiosas e ideologias políticas, os conceitos do existencialismo são simples:
- A espécie humana tem livre arbítrio;
- A vida é uma série de escolhas, criando stress;
- Poucas decisões não têm nenhuma consequência negativa;
- Algumas coisas são absurdas ou irracionais, sem explicação;
- Se você toma uma decisão, deve levá-la até o fim.

Além dessa curta lista de conceitos, o termo existencialismo é aplicado amplamente. Até esses conceitos não são universais dentro das obras existencialistas. Blaise Pascal, por exemplo, passou os últimos anos da sua vida escrevendo em apoio da predeterminação. Os homens acham que têm livre arbítrio apenas quando tomam uma decisão.

Para os existencialistas cristãos, a fé defende o indivíduo e guia as decisões com um conjunto rigoroso de regras. Para os ateus, a ironia é a de que não importa o quanto você faça para melhorar a si ou aos outros, você sempre vai se deteriorar e morrer. Muitos existencialistas acreditam que a grande vitória do indivíduo é perceber o absurdo da vida e aceitá-la. Resumindo, você vive uma vida miserável, pela qual você pode ou não ser recompensado por uma força maior. Se essa força existe, por que os homens sofrem? Se não existe, por que não cometer suicídio e encurtar seu sofrimento? Essas questões apenas insinuam a complexidade do pensamento existencialista.

Escolástica

A Escolástica é uma linha dentro da filosofia medieval, de acentos notadamente cristãos, surgida da necessidade de responder às exigências da fé, ensinada pela Igreja, considerada então como a guardiã dos valores espirituais e morais de toda a Cristandade. Por assim dizer, responsável pela unidade de toda a Europa, que comungava da mesma fé.
A Filosofia que até então possuía traços marcadamente clássicos e helenísticos sofreu influências da cultura judaica e cristã, a partir do século V, quando pensadores cristãos perceberam a necessidade de aprofundar uma fé que estava amadurecendo, numa tentativa de harmonizá-la com as exigências do pensamento filosófico. Alguns temas que antes não faziam parte do universo do pensamento grego, tais como: Providência e Revelação Divina e Criação a partir do nada passaram a fazer parte de temáticas filosóficas. A Escolástica possui uma constante de natureza neoplatônica, que conciliava elementos da filosofia de Platão com valores de ordem espiritual, reinterpretadas pelo Ocidente cristão. E mesmo quando Tomás de Aquino introduz elementos da filosofia de Aristóteles no pensamento escolástico, esta constante neoplatônica ainda é presente.
Basicamente, a questão chave que vai atravessar todo o pensamento escolástico é a harmonização de duas esferas: a fé e a razão. O pensamento de Agostinho, mais conservador, defende uma subordinação maior da razão em relação à fé, por crer que esta venha restaurar a condição decaída da razão humana. Enquanto que a linha de Tomás de Aquino defende uma certa autonomia da razão na obtenção de respostas, por força da inovação do aristotelismo, apesar de em nenhum momento negar tal subordinação da razão à fé.
Para a Escolástica, algumas fontes eram fundamentais no aprofundamento de sua reflexão, por exemplo os filósofos antigos, as Sagradas Escrituras e os Padres da Igreja, autores dos primeiros séculos cristãos que tinham sobre si a autoridade de fé e de santidade.
Os maiores representantes do pensamento escolástico são os pensadores Agostinho de Hipona, nascido no norte da África no fim do século IV e Tomás de Aquino, nascido na Itália do século XIII. Embora seja arriscado dizer que sejam as únicas referências relevantes do período medieval, ambos conseguiram sintetizar questões discutidas através de todo o período: Agostinho enquanto mestre de opinião relevante e autoridade moral e Tomás de Aquino, pelo uso de caminhos mais eficazes na obtenção de respostas até então em aberto.

Iluminismo

O Iluminismo, foi um movimento intelectual surgido na segunda metade do século XVIII (o chamado "século das luzes") que enfatizava a razão e a ciência como formas de explicar o universo. Foi um dos movimentos impulsionadores do capitalismo e da sociedade moderna, que obteve grande dinâmica nos países protestantes e lenta porém gradual influência nos países católicos.
O nome explica-se porque os filósofos da época acreditavam estar a iluminar as mentes das pessoas. É, de certo modo, um pensamento herdeiro da tradição do Renascimento e do Humanismo por defender a valorização do Homem e da Razão. Os iluministas acreditavam que a Razão seria a explicação para todas as coisas no universo, e contrapunham-se à fé.
Immanuel Kant, ele próprio um expoente da filosofia desta época, definiu o Iluminismo assim: "O Iluminismo é a saída do ser humano do estado de não-emancipação em que ele próprio se colocou. Não-emancipação é a incapacidade de fazer uso de sua razão sem recorrer a outros. Tem-se culpa própria na não-emancipação quando ela não advém de falta da razão, mas da falta de decisão e coragem de usar a razão sem as instruções de outrem. Ouse saber"!
Segundo os iluministas, cada pessoa deveria pensar por si própria, e não deixar-se levar por outras ideologias que, apesar de não concordarem, eram forçadas a seguir. Pregavam uma sociedade “livre”, com possibilidades de transição de classes e mais oportunidades iguais para todos. Economicamente, achavam que era da terra e da natureza que deveriam ser extraídas as riquezas dos países. Segundo Adam Smith, cada indivíduo deveria procurar lucro próprio sem escrúpulos, o que, na sua visão, geraria um bem-estar geral na civilização.
Em Portugal, uma figura marcante desta época foi o Marquês de Pombal. Tendo sido embaixador em Londres durante 7 anos (1738-1745), o futuro primeiro-ministro de Portugal ali terá recolhido as referências que marcaram a sua orientação como primeiro responsável político em Portugal. O Marquês de Pombal é um marco na história portuguesa, contrariando o legado histórico feudal e tentando por todos os meios aproximar Portugal do modelo da sociedade inglesa. Entretanto, Portugal mostrou-se por vezes hostil à influência daqueles que em Portugal se chamou pejorativamente de estrangeirados, fato pretensamente relacionado à influência Católica. Também, ao longo do século XVIII, o ambiente cultural português permaneceu pouco dinâmico, fato nada surpreendente num país onde mais de 80% da população era analfabeta.

Cinismo

O Cinismo foi uma corrente filosófica fundada por um discípulo de Sócrates chamado Antístenes de Atenas, por volta de 400 a.C.. Sua filosofia partia do princípio de que a felicidade não depende de nada externo à própria pessoa, ou seja, coisas materiais, reconhecimento alheio e mesmo a preocupação com a saúde, o sofrimento e a morte, nada disso pode trazer a felicidade. Segundo os Cínicos, é justamente a libertação de todas essas coisas que pode trazer a felicidade que, uma vez obtida, nunca mais poderia ser perdida.

O mais importante representante dessa corrente foi um discípulo de Antístenes chamado Diógenes de Sínope. Ele vivia dentro de um barril e possuía apenas sua túnica, um cajado e um embornal de pão. Conta-se que um dia Alexandre Magno parou em frente ao filósofo e ofereceu-lhe, como uma prova do respeito que nutria por ele, a realização de um desejo, qualquer que fosse, caso tivesse algum. Diógenes respondeu: "Desejo apenas que te afastes do meu Sol". Essa resposta ilustra bem o pensamento cínico: Diógenes não desejava nada a mais do que tinha e estava feliz assim (apenas, no momento, gostaria que seu sol fosse desbloqueado). Em outra passagem, quando ainda possuía uma pequena cabaça, que usava para recolher a água que bebia, viu uma criança recolhendo o líquido com as mãos; atirou ao longe o acessório dizendo: " Como fui cego em não perceber o quanto me és supérflua ".

Assim como a preocupação com o próprio sofrimento, a saúde, e a morte, a preocupação com a saúde, a morte e o sofrimento dos outros também era algo do qual os cínicos desejavam libertar-se. Por isso que a palavra cinismo adquiriu a conotação que tem hoje em dia, de indiferença e insensibilidade ao sentir e ao sofrer dos outros.

Valia mais estar calado!

Há muitos anos, no reino dos Céus, Deus desapareceu durante sete
dias.
Tendo-o finalmente encontrado, o Arcanjo Miguel não resistiu a perguntar-lhe:
- Onde esteve?
Deus soltou um profundo suspiro de satisfação e apontou orgulhosamente para baixo, entre as nuvens:
- Olha, meu filho, olha o que estou a fazer!
O Arcanjo Miguel olhou intrigado e perguntou:
- O quê?
Deus respondeu:
-mais um planeta, mas desta vez estou a tentar por lá VIDA!
Chamei-lhe Terra e haver nele um equilíbrio para tudo. Por exemplo, haver uma América do Norte e uma América do Sul. A do Norte ser rica e a do Sul ser pobre, os pólos serão gelados e o equador escaldante, e assim por diante.
E então o Arcanjo Miguel perguntou-lhe:
- E o que aquele pequeno ponto vermelho e verde?
E Deus disse:
- Ahhh! Isso é o Estádio da Luz . Um lugar muito especial. Será o mais belo lugar a face da Terra. As pessoas serão brindadas com futebol do mais fino quilate oferecido pelos melhores praticantes do 'beautiful game', como Simão, Rui Costa, etc... Os jogadores farão os adeptos felizes e os adeptos tratarão os jogadores com reverencia e amor. Nenhum representante do Mal alguma vez entrará neste local que não seja andado para casa de cabeça baixa. O Arcanjo Miguel ficou boquiaberto de espanto e admiração mas depois parecendo refeito exclamou:
- Um momento! Então e o EQUILIBRIO? Disse que haveria um equilíbrio para tudo...
E Deus replicou sorridente:
- Espera até veres os toscos de verde e branco que eu vou pôr ali ao
lado...

sábado, 6 de maio de 2006

Queremos Parir em Santo Tirso

O texto seguinte é meramente uma caricatura!... Uma tentativa de humor negro!...

Com a problemática do fecho das maternidades em Portugal, um cento de novos movimentos tem surgido (gosto especialmente do “Queremos Parir em Santo Tirso”)!...
Escusam de se manifestar, o ministro já tomou a decisão, não volta atrás… Ai se isto fosse em França!...
Mas agora deixei-me criticar, como um pouco por todo o país criticaram Canas de Senhorim e a sua luta…

Essas pessoas não tê mais nada que fazer? Vão mas é trabalhar!... Manifestações? Cabe na cabeça de alguém ter aberta uma maternidade para só lá parirem meia dúzia de crianças? E aquela senhora que veio falar à televisão? Deve ser dona de uma empresa que fornece a maternidade e está a ver a mama a acabar!...
E depois, utilizarem a imagem de uma criança nos cartazes… Isso faz-se?
Esses senhores querem é ir negociar o inegociável a Lisboa e pararem no Rui dos Leitões e comerem à conta dos financiadores (tudo sem factura)… Quem paga o gasóleo? Mandriões!... Arruaceiros! Essa gente merece ficar sem Hospital, médicos… Tirem-lhes tudo!...
E já agora! Quem faz de luís Pinheiro? E onde está o blogue?

Convém que as pessoas se apercebam que os problemas do interior existem, e, além de não terem voz, são humilhados e mal tratados… Tal como Canas!... Os problemas existem!...

Deixem que vos diga!...

Carta aberta ao blogue Canas&Senhorins,

De tempos a tempos a “coisa” descamba!... Dias melhores virão… Como diria o @bancadas…
Mas, eu acho que o problema não será esse!
O blogue dos blogues canenses, sofre de uma mal típico desta bela localidade… Tentando explicar…
Quando criaram este fórum notou-se haver uma preocupação de escolher equilibradamente os comentadores. Não por serem importantes, bem falantes ou intelectuais, mas, simplesmente, por terem uma opinião (mesmo que, como a minha, seja uma real caca)!... O @Sr. Fulano tal teve o papel preponderante nisso. E não o fez inconscientemente… Sei que a mim caberia o papel de informante, qual espião, no coração do MRCCS, com opiniões que seriam sub-repticiamente censuradas pelo Luís Pinheiro… Eu, e também outros, ficaríamos numa da bancadas pró MRCCS!... Contudo, sempre recusei esse “tacho”, a minha opinião, teorias e teoremas só me responsabilizam a mim, são minhas, são por Canas, pelo seu desenvolvimento, pelo seu Município… A minha opinião (de caca talvez!)!
Qualquer blogger é conotado com um dos lados da barricada (ou então é um turista que nos visita e todos logo gritamos Canas a Concelho)…
Se o @Bancadas faz uma crítica ao MRCCS logo vêm os pró-Movimento tratar mal o homem… O que ele diz não interessa muito… Criticou o Luís, tem de “levar nos cornos”… E, se calhar, o @bancadas até tem razão!...
Se o Sr. Fulano Tal fala que agora é difícil a Assembleia da República aprovar o nosso Município, logo vêm os mesmos colocar-lhe a rosa na lapela e acusarem-no de “amante de Junqueiro” ou que quer o lugar do Luís Pinheiro…
Se o @Pai Mouro (no seu estilo muito próprio) enaltece decisões do movimento, lá vêm os integristas (palavra colocada de propósito para verem que contra mim falo) chamarem-no de jagunço…
Se o @Crédito pergunta por responsabilidades, lá vem o @Mineiro perguntar pelas facturas…
Depois temos as faltas de educação: “paneleiro”, “vai levar no cu”, ladrões e outras que tais… Dos dois lados…
Lembro aqui há uns tempos o @Mineiro perguntar-me por onde é que eu ia jantar hoje… Até hoje não entendi, mas também não deveria ser para entender!...

A responsabilidade de tudo isto @Forasteiro, é sua!... Tal como minha, do @Gaivina, do @Sr. Fulano Tal, do @_drix_ (ex-biotecmaster), do @moimemme, do @Sr. Cicrano, do @Brain, do @A Outra Bancada, do @Mr. Kunami, do @Pedro Lima, do @Iznogood e do @Brain… Porque o tempo que passamos a falar do Blogue, deveria ser gasto a falar dos temas propostos no seu início… Um comentador não é um semi-deus que paira sobre a sua criação e só vem a terreiro moderar, como se os outros fossem palhaços de um circo criado por nós!...
Um comentador não deve ter só como missão, melhor deve evitar a desplante, de só aparecer qual “salvador da pátria”, como se os outros andassem aqui enganados…
É de igual forma verdade para a nossa luta pela restauração do concelho, mantemo-nos de parte e depois, quando algo corre mal, sabemos dizer como correria bem e teorizar verdades e caminhos com facilidade…

A coisa volta ao normal… É cíclico!...

PS.: o meu “até já” nada tem a ver com a problemática desta carta!...

Ponto de Vista de Um Canense

Texto de Portugasuave

Canas passa por um período de indecisão! O veto presidencial, sobre a lei que permitia Canas de Senhorim constituir-se como concelho, foi de difícil digestão e ainda alimenta mágoa e inconformismo, facilmente verificáveis no semblante dos canenses. Para além disso os acontecimentos posteriores vieram confirmar a depressão que já se anunciava.

Como vulcão que após estrondosa erupção, se consome em pequenos fogachos internos, queimando nas entranhas a energia necessária para levar o clamor da sua reivindicação lá abaixo, à planície, também os canenses se desgastaram em duelos internos perpetrados a propósito das eleições autárquicas e atingindo tudo e todos.

Lisboa fica longe e a torrente de lava precisa de ser alimentada com alento e união para lá chegar ostensiva. Esta energia precisa ser dirigida eficaz e convenientemente e não consumida em confrontos inconsequentes e comportamentos arruaceiros como os verificados no verão de 2005, a pretexto das eleições para a Junta de Freguesia, sob o risco da força e razão que nos assistem se perderem, por efeito do desencontro de opiniões quanto à metodologia e estratégia a seguir na persecução dos objectivos a alcançar.

Para a presidência da Junta avançou Luís Pinheiro enquanto líder do MRCCS (Movimento de Restauração do Concelho de Canas de Senhorim). Também avançaram outras sensibilidades e interesses políticos, ou porque não se reviam no MRCCS ou porque não fazia sentido qualquer união em torno de um projecto ambivalente, ou por meras incompatibilidades pessoais. Insurgiram-se os primeiros apelidando os demais de traidores e integristas, indignaram-se estes acusando aqueles de anti-democratas e ditadores. Assim se fraccionou a aparente comunhão em torno de uma causa. Nada demais em política e em democracia, não fosse o desconforto de saber que a partir daí já nada seria como dantes.

O PS, partido do ex-presidente da Câmara, José Correia, perdeu as eleições e o MRCCS, subsidiário do partido vencedor (PSD), ficou preso numa pseudo-aliança incómoda e comprometedora que lhe retira espaço de manobra para continuar a reivindicar o concelho, uma vez que a actual presidente, Dra. Isaura Pedro, foi peremptória na sua campanha eleitoral ao reafirmar a intenção de presidir um concelho uno e indivisível. Este abraço eleitoral, com contornos de apoio político, foi um erro estratégico do MRCCS. Um abraço excessivamente apertado, mesmo considerando que o período é de defeso e a manobra evasiva.

Nestas circunstâncias o MRCCS debilitou-se politicamente ao enveredar por uma argumentação que substancialmente assenta em dois pressupostos incompatíveis: por um lado mantém presente, embora adiada por força da conjuntura política, o intenção de não abdicar da luta pelo concelho, por outro cede à tentação de se fazer representar, a título institucional, na Junta de Freguesia e por inerência na Câmara Municipal de Nelas e respectiva Assembleia, no intuito de reivindicar ou negociar mais e melhor para Canas.

Não está em causa a legitimidade da representação, uma vez que foi esse o entendimento expresso pela população nas eleições, mas sim, a prática dessa dualidade de intenções. O Movimento fica tolhido na flexibilidade necessária para levar a efeito as diligências reivindicativas para que foi criado, pelo facto de o seu líder se encontrar a desempenhar a função de presidente da Junta.Misturaram-se as frentes enfraqueceu-se o “ataque”. No caso da nova presidente sofrer do autismo do anterior executivo em questões de investimento e outras preocupações, qual vai ser a atitude do presidente e o papel do líder. É esta promiscuidade de poderes e protagonismos que confunde e não reforça o empenho até agora desenvolvido. O problema não foi o povo votar no MRCCS para a Junta, foi o MRCCS candidatar-se. O lugar de Luís Pinheiro deve ser exclusivamente à frente do Movimento. Não se vislumbra ninguém com melhor ou igual cariz para o cargo. Tem estima, paixão, é popular, eloquente qb, congrega a maioria do apoio dos canenses e mesmo os detractores lhe reconhecem algum mérito, com excepção de alguns que enfim… confirmam a regra. O ideal teria sido Luís Pinheiro apoiar ou criar uma lista que se revisse no Movimento, mas cujo presidente fosse outro. Duas frentes, com características diferentes, mas sem a mescla em que agora Junta e Movimento estão envolvidos. Um líder bicéfalo corre o risco de ficar emaranhado entre duas teias.

Salvou-se o facto de José Correia, visceralmente afectado por anos e anos de desavenças e querelas com Canas, ter sido afastado dos destinos camarários, mas até esse aspecto é digno de especulação. A génese da revolta canense assentava e alimentava-se predominantemente da aversão ao comportamento discriminatório e ditatorial protagonizado pelo ex-presidente relativamente aos interesses e expectativas de Canas. Este sentimento, se bem que justificado pela profunda humilhação sentida pelas nossas gentes ao longo de anos, ao ter-se personificado na pessoa do ex-presidente, retira, agora, face às alterações políticas recentes, parte do ânimo necessário à continuidade do projecto de elevação de Canas a conselho. Bem sei que a legitimação desta pretensão passa por muitos outros motivos, desde os históricos aos políticos, mas esta fulanização da luta, apetecível à liderança de massas, avisava-se perniciosa no caso do presidente ser deposto, mesmo sem a participação do MRCCS na construção do cadafalso. Remeter insistentemente a causa de uma luta para o comportamento de um dos seus agentes pode criar um vazio de convicções, se entretanto o agente for arredado do cenário - como aconteceu.

E agora, o que fazer se Isaura Pedro não corresponder aos anseios da população ou não atender ao diálogo aparente entre o Movimento e a edilidade, como aliás já é notório com a escassa verba de 300.000 € atribuída e orçamentada pela Assembleia Municipal e a (in)explicável ausência do presidente da Junta neste órgão? Voltamos atrás? Deixamos novamente de nos fazer representar naqueles órgãos? E se, pelo contrário, esta presidente decidir favorecer, apoiar e desenvolver a nossa vila? Cai por terra a ideia do concelho?

Pressinto que este rumo nos leva a uma letargia inconsequente nas pretensões de Canas a concelho e a um desânimo interno consumido no desgaste de todo este processo político. Assim me engane.