terça-feira, 7 de dezembro de 2004

Pontes

Nos últimos tempos, em Canas de Senhorim, fala-se muito de “pontes”!...
São as “pontes” que foram destruídas, as “pontes” que se necessitam de construir, são pessoas que estão no meio da “ponte”, cidadãos que servem de “ponte”, canenses que estão com um pé em cada margem, “pontes de Himalaia”, eu sei lá… Só ainda não ouvi falar da Dulce Pontes, mas não espero pela demora!...
Gostaria contudo de lembrar que as “pontes” têm duas direcções, que para haver “pontes” é necessário existir uma concordância das duas margens e pessoas, também das duas margens, com vontade de atravessá-la. Caso contrário as “pontes” não têm razão de ser!...
Sobram as “pontes” dos interesses… As mesmas que trazem um subsídio, um emprego, um passeio empedrado ou uma obra aprovada…
Mas essas pontes sempre existiram, ou não? Depende é das pessoas que as fazem!... Se é o “Zé-povinho” fica com o nome de “vendido”, se é o “Sr. Prof. Dr. e Sábio” fazem-se “pontes” em que os interessados não são todos, mas alguns!

Façam-se “pontes”, as verdadeira “pontes”, “pontes” que se atravessem sem sentimento de culpa ou vergonha. “Pontes” que não sejam contra ninguém mas, principalmente, “pontes” que não ponham em causa a dignidade das pessoas.
Não façamos “pontes” à força… Perguntemos antes se, dos dois lados da margem, se querem as “pontes”… Uma “ponte” será como um casamento, tem de haver um “sim” dos dois noivos…

Mas se os noivos são do mesmo sexo?
Como diria o Dr. José Correia:
- Eu não faço filhos em mulher alheia!
Sim, concordo, é alheia… Mas nem que quisesse Sr. Dr., nem que quisesse!... Filhos não fará, porque os homens ainda não podem gerar filhos… Continue a “violar-nos”! Não apanhará SIDA e não fará filhos… Na realidade, só a nós é que magoa…
Eu por mim as “pontes” podem ser feitas, mesmo as dos interesses. Contudo, não esperem é que eu a atravesse e vá arrear as calças no outro lado...