Era uma vez dois vizinhos!...
Um deles comprou um coelho para os filhos. Os filhos do outro vizinho também quiseram um animal de estimação. O homem comprou um cachorro pastor alemão.
Mas, os dois vizinhos pensaram:
Mas, os dois vizinhos pensaram:
- Ele vai comer o coelho!
- Penso que não. O meu pastor é ainda um cachorro, vão crescer juntos, e ficar amigos.
E, parece que o dono do cão tinha razão. Juntos cresceram e tornaram-se amigos. Era normal ver o coelho no quintal do cachorro e vice-versa. As crianças, felizes com os dois animais.
Eis que o dono do coelho foi viajar com a família e o coelho ficou sozinho.
No domingo, à tarde, o dono do cachorro e a família lanchavam quando, de repente, entra o pastor alemão com o coelho entre os dentes, imundo, sujo, morto… Quase mataram o cachorro de tanta porrada, o cão levou uma surra das antigas!
Dizia o homem:
Eis que o dono do coelho foi viajar com a família e o coelho ficou sozinho.
No domingo, à tarde, o dono do cachorro e a família lanchavam quando, de repente, entra o pastor alemão com o coelho entre os dentes, imundo, sujo, morto… Quase mataram o cachorro de tanta porrada, o cão levou uma surra das antigas!
Dizia o homem:
- O vizinho tinha razão, e agora? Só podia dar nisso!
Mais algumas horas e os vizinhos iam chegar. E agora?! Todos se olhavam. O cachorro, coitado, chorando lá fora, lambia os seus ferimentos…
- Já pensaram como vão ficar as crianças?
Não se sabe exactamente quem teve a ideia, mas parecia infalível:
- Vamos lavar o coelho, limpá-lo bem, depois secamo-lo e colocamo-lo no seu caixote. E assim fizeram. Até perfume colocaram no bicho... Ficou lindo, parecia vivo, diziam as crianças. Logo depois ouvem os vizinhos chegar. Notam os gritos das crianças.
- Já pensaram como vão ficar as crianças?
Não se sabe exactamente quem teve a ideia, mas parecia infalível:
- Vamos lavar o coelho, limpá-lo bem, depois secamo-lo e colocamo-lo no seu caixote. E assim fizeram. Até perfume colocaram no bicho... Ficou lindo, parecia vivo, diziam as crianças. Logo depois ouvem os vizinhos chegar. Notam os gritos das crianças.
- Será que já descobriram?!
Não passaram cinco minutos e o dono do coelho veio bater à porta, assustado. Parecia que tinha visto um fantasma.
- O que foi? Que cara é essa?
- O que foi? Que cara é essa?
- O coelho, o coelho...
- O que tem o coelho?
- Morreu!
- Morreu? Puxa, que pena, ainda hoje à tarde parecia tão bem...
- Não, ele morreu na sexta-feira! - Na sexta passada?
- Foi. E antes de viajarmos, as crianças enterraram-no no fundo do quintal e agora reapareceu!
A história termina aqui. O que aconteceu depois não importa. Mas a grande personagem desta história é o cachorro. Imagine o coitado, desde sexta-feira procurando em vão pelo seu amigo de infância. Depois de muito farejar, descobre o corpo morto e enterrado. O que faz ele? Provavelmente com o coração partido, desenterra o amigo e vai mostrar para seus donos, imaginando fazer ressuscitá-lo. E o homem continua a julgar os outros
A história termina aqui. O que aconteceu depois não importa. Mas a grande personagem desta história é o cachorro. Imagine o coitado, desde sexta-feira procurando em vão pelo seu amigo de infância. Depois de muito farejar, descobre o corpo morto e enterrado. O que faz ele? Provavelmente com o coração partido, desenterra o amigo e vai mostrar para seus donos, imaginando fazer ressuscitá-lo. E o homem continua a julgar os outros
O homem tem a tendência de julgar os factos sem antes verificar o que de facto aconteceu. Quantas vezes tiramos conclusões precipitadas das situações e nos achamos donos da verdade? Histórias como esta são para pensarmos bem nas atitudes que tomamos.