“Pelo breu da noite um grupo de compinchas ata um paralelo na ombreira da porta, preso a um cordão que dá a volta a uma esquina… Num compasso ritmado, puxando a corda, fazem a pedra embater na almofada… E da almofada o dono da casa levanta a cabeça, abre os olhos com dificuldade e ouve, algures escondidos na esquina, os compinchas a gritar…
…Ao fundo da rua, o jipe da GNR encadeia os noctívagos esperando reconhecer algum!... Tempos houve em que os guardas saíam da carripana e se punham a correr atrás deles… Corria-se por hortas e vinhas (por vezes, por ser de noite, não víamos o arame e batíamos lá com o nariz), saltavam-se muros, escondíamo-nos em valas e casas abandonadas!...”
Como é difícil explicar um “pisão”!... Como pode alguém compreender, não nos chamando vândalos, esta (e outras) tradição canense?
Permitam-me estes versos:
Ouço “paneladas”
E “pisões” troando
Vejo “mascaradas” em noites geladas
Bombas estoirando
…Ao fundo da rua, o jipe da GNR encadeia os noctívagos esperando reconhecer algum!... Tempos houve em que os guardas saíam da carripana e se punham a correr atrás deles… Corria-se por hortas e vinhas (por vezes, por ser de noite, não víamos o arame e batíamos lá com o nariz), saltavam-se muros, escondíamo-nos em valas e casas abandonadas!...”
Como é difícil explicar um “pisão”!... Como pode alguém compreender, não nos chamando vândalos, esta (e outras) tradição canense?
Permitam-me estes versos:
Ouço “paneladas”
E “pisões” troando
Vejo “mascaradas” em noites geladas
Bombas estoirando
Grupos de rapazes
E Moças de bem
Entoam (?) cartazes com gritos mordases
E carros também
Tirando os valores, não vejo o que para mim pode ser mais importante que o Carnaval!...
Tirando os valores, não vejo o que para mim pode ser mais importante que o Carnaval!...