Parado estou!...
As pernas teimam em não responder
A razão eclipsou
Uma utopia, um sonho, um querer!
Bravos índios extintos
Pela força da ignominia branca
Amigos sempre desavindos
Retalharam nossa manta!
De Norte a Sul caminharam
Jagunços, traidores, moderados
Tentavam o que todos sonharam
E sempre eram abafados
Contemplem agora uma luta
Que por vezes foi fratricida
Irmão e amigos de labuta
Ficaram com uma vida fodida
Para todos que lá moram
Aqui fica meu sermão:
Casa sem pão, todos choram
Quase sempre sem razão!...