Da última vez que fui cortar o cabelo, e enquanto esperava pela minha vez de ser atendido na barbearia que costumo frequentar, reparei que a conversa entre o barbeiro e a criatura a quem ele tratava da pilosidade da parte superior do crâneo entrou na análise da questão do aborto.
Dizia a dita criatura, um desses doutores da mula russa, campeões da asneira, que com frequência apanhamos neste tipo de estabelecimentos: "Qual é o problema do aborto? Ninguém é obrigado a abortar! Só aborta quem quer!"
Mais sensato, o fígaro retorquia: "Sim, sim. Mas parece-me que primeiro deveríamos explicar às pessoas o que é isso do aborto, consciencializá-las dessa realidade tal qual ela é. Depois, se ainda quiserem abortar…".
Não tendo por hábito participar em discussões de barbearia (ou café) desliguei e já não ouvi mais nada. Mas fiquei a pensar:
Qual é o problema do homicídio? Ninguém é obrigado a matar! Só mata quem quer!
Qual é o problema da violação de mulheres ou de menores? Ninguém é obrigado a violar! Só viola quem quer!
Qual é o problema do roubo? Ninguém é obrigado a roubar! Só rouba quem quer!
Qual é o problema da exploração de trabalhadores? Ninguém é obrigado a explorar! Só explora quem quer!
Qual é o problema da escravatura sexual! Ninguém é obrigado a escravizar! Só escraviza quem quer!
E finalmente, por último mas não menos importante, qual é o problema de dar uma traulitada a um doutor da mula russa que perora numa barbearia sobre aquilo que não compreende? Ninguém é obrigado a dar! Só dá quem quer!
JSarto
http://www.antiaborto.blogspot.com/
Dizia a dita criatura, um desses doutores da mula russa, campeões da asneira, que com frequência apanhamos neste tipo de estabelecimentos: "Qual é o problema do aborto? Ninguém é obrigado a abortar! Só aborta quem quer!"
Mais sensato, o fígaro retorquia: "Sim, sim. Mas parece-me que primeiro deveríamos explicar às pessoas o que é isso do aborto, consciencializá-las dessa realidade tal qual ela é. Depois, se ainda quiserem abortar…".
Não tendo por hábito participar em discussões de barbearia (ou café) desliguei e já não ouvi mais nada. Mas fiquei a pensar:
Qual é o problema do homicídio? Ninguém é obrigado a matar! Só mata quem quer!
Qual é o problema da violação de mulheres ou de menores? Ninguém é obrigado a violar! Só viola quem quer!
Qual é o problema do roubo? Ninguém é obrigado a roubar! Só rouba quem quer!
Qual é o problema da exploração de trabalhadores? Ninguém é obrigado a explorar! Só explora quem quer!
Qual é o problema da escravatura sexual! Ninguém é obrigado a escravizar! Só escraviza quem quer!
E finalmente, por último mas não menos importante, qual é o problema de dar uma traulitada a um doutor da mula russa que perora numa barbearia sobre aquilo que não compreende? Ninguém é obrigado a dar! Só dá quem quer!
JSarto
http://www.antiaborto.blogspot.com/
4 comentários:
Comecei a ver os posts de baixo para cima e já estou arrependida de comentar lá para trás. Efectivamente a linha do postador é desprezível, por mais que me custe admitir, eu que até engraço com o seu avatar. Paciência. Não há mal que sempre dure, não há bem que não acabe.
Cingab
Vejo, felizmente, que se afasta do método de abordagem patenteado nos textos que seleccionou. Assim sendo, não entendo porque é que os escolheu e, se efectivamente se desmarca da generalidade das opiniões e da metodologia, porque não o assumiu na postagem, fazendo incorrer esta comentadora no pressuposto de que, efectivamente, era aquela a linha de pensamento do postador e as (agora) inconsequentes e desnecessárias observações menos simpáticas que lhe atribuí, meritórias?
Duvido que, não querendo fazer campanha pelo sim, opte por desmascarar a inconsistência do não e a ridícula argumentação de alguns dos seus apoiantes.
Assustou-me! Foi um alívio “relê-lo” são e sagaz. Queira relevar o comentário anterior.
Boas Bicadas
@Achadiça,
Mas, acho que você também fica ofendida com método que eu concordo que sejam seguidos pelos adeptos do não!
E que métodos são esses que me podem fazer mossa. Logo que sejam honestos e sem recurso a rodriguinhos sentimentalistas. Já alguma vez me ouviu mandá-lo às urtigas pela sua posição quanto à sua interpretação de "início de vida". Acato, porque está na base da sua convicção e, embora eu esteja longe dessa preocupação do momento "X", considero um argumento respeitável.
Enviar um comentário