quarta-feira, 19 de julho de 2006

Mordidelas


Não sei!...

Mas, de vez em quando, sinto que tenho uma afinidade com as rábulas sobre a vida de Nuno Markl…

Não sei se também já aqui disse, mas não gosto de enfrentar cães abandonados na rua, sempre ando a pé!... Principalmente à noite… Contudo, convém esclarecer que eu gosto de cães!

Se à noite todos os gatos são pardos, um cão abandonado pardo é… Pardo ou parvo! Principalmente se morde!...

Cães há que mordem, e mordem bem… Que nem uns desalmados!...

A minha táctica, estúpida diga-se de passagem, é deixar a adrenalina tomar conta de corpo e enfrentar o bicho… Quando o cão dá um passo atrás a pensar:

- Este será doido? – Eu desato a correr atrás dele, como se não houvesse amanhã. O cão, incrédulo, foge… O mesmo bicho que me tentava morder, num ápice, passa a vítima de um pontapé ou cajadada… Claro está que esta perseguição ao canídeo tem de ser acompanho de berros e dizeres mais ou menos “testerónicos”, vindos directamente do cérebro primário igual em todos os mamíferos, e alguns répteis (o cérebro primário, não os dizeres)… Algo do tipo:

- Anda cá meu cabrão!... Racho-te ao meio!... Fod***-te todo!...

Nem quero imaginar aquele comum cidadão que, estando à janela a fumar um cigarro, assiste a um desvairado a correr atrás de um cão, com o intuito de o matar!... Neste caso, o desvairado sou mesmo eu!... Mas esse cidadão só conhece esse bocado de história, a parte em que eu passo à sua frente correndo estrada fora atrás do bicho!... É o problema de julgarmos as pessoas só por actos passageiros… É!

Depois podíamos falar de mordidelas de víbora, que além de cortar a carne deixa veneno… até nos podemos recompor das mordidelas, mas, o veneno faz o resto!...