quinta-feira, 20 de outubro de 2005

Votos para que te quero?

É por demais evidente que a votação em massa (não de esparguete) na Dr.ª Curandeira deixou muitos… como hei-de dizer… melindrados!...
Dá-se ao voto um significado único… Querer ou não querer alguém no lugar devido às suas intenções!...
Mas, eu acho (e é a minha opinião) que o voto (ou a abstenção) é um estado de espírito! Com esse pequeno (?) poder nós podemos dizer muitas coisas que vão para além da cruz em si…
Quando votamos no partido (ou candidato) “A” podemos estar a dizer que aprovamos o seu projecto conjuntural, ou a sua ideologia, ou a sua beleza física, ou a beleza interior, ou tudo isto, ou só algumas coisas e até outras coisas mais…
Ao colocarmos a cruz no partido “A” podemos estar a dizer que não queremos o partido B, que não aprovamos o seu projecto, ou a ideologia, ou a sua beleza física, ou a beleza interior, ou tudo isto, ou só algumas coisas e até outras coisas mais…
Há aqueles que fazem um “pim pam pum”, outros que votam nas chaminés, no punho ou na foice… Há os que se abstenham e acreditam (com razão) que irritam os candidatos e a próprio estado de direito… Para mim, a abstenção, desde que devidamente assumida, pode ser considerado como participação, embora passiva, dentro da democracia!
Os que votam em branco conseguem não dizer nada, mas acreditam (muitas vezes com razão) que dizem tudo!
Os que anulam os votos (como opção, não como ignorância) e libertam os seus fantasmas… Como se o seu boletim fosse algum blogue (tipo o voando – sem comentários)!
Um voto não prende ninguém (excepto na Quinta da Machamba), porque cada um é que sabe porque votou, ou porque não votou…
Apenas uma questão, sem importância:
Por a freguesia de Souselas ter votado favoravelmente no Sócrates, retirou-lhe o direito de não querer a co-incineração?
Uns dizem:
- Votaram neles, agora aguentem!...