A questão central
Com os professores na rua e uma boa parte da opinião pública a mostrar compreensão pelos protestos, mesmo alguma da intelligentia como ainda ontem se viu no Prós e Contras, o Ministério da Educação está em campanha para mostrar "a obra" e criar ruído.
Naturalmente que nem tudo tem sido mau, eu próprio nalguns posts o tenho reconhec ido, e não vale a pena ter visões maniqueístas da realidade, podemos discordar de algumas medidas mas saber reconhecer os aspectos positivos que também os há.
Mas a questão não é essa, isso é querer lançar uma cortina de fumo sobre o essencial, a "questão central" como gosta de dizer Valter Lemos é a forma completamente inábil para não dizer despudoradamente acintosa como os professores têm sido tratados desde o início do mandato desta equipa do ME
Jamais esquecerei uma das primeiras reuniões em que participei enquanto DREC, com todo o estado maior do Ministério, em que logo os professores foram o "bombo da festa" e tendo eu chamado a atenção para a necessidade de a Ministra dar uma palavra de incentivo aos colegas a Sr.ª me ter respondido que os "professores queriam era que andassem com eles ao colo", o que me levou a ripostar em tom de brincadeira se ela às vezes não gostava também de um "colinho". A gargalhada geral não disfarçou o tom de crítica severa aos professores, apesar de quase todos à volta da mesa serem, ou terem sido, professores.
O que neste momento está em causa não é a obra do ME, é o grito de revolta de uma classe farta de ser ofendida e humilhada e como disse outro dia Marcelo Rebelo de Sousa se há coisas positivas para mostrar, o que não teria sido possível fazer se em vez de se estar contra os professores, se tivessem os professores como aliados. Esta é que é a verdadeira "questão central".
Publicada por José Manuel Silva em 4.3.08 no blog:
www.campolavrado.blogspot.com
Com os professores na rua e uma boa parte da opinião pública a mostrar compreensão pelos protestos, mesmo alguma da intelligentia como ainda ontem se viu no Prós e Contras, o Ministério da Educação está em campanha para mostrar "a obra" e criar ruído.
Naturalmente que nem tudo tem sido mau, eu próprio nalguns posts o tenho reconhec ido, e não vale a pena ter visões maniqueístas da realidade, podemos discordar de algumas medidas mas saber reconhecer os aspectos positivos que também os há.
Mas a questão não é essa, isso é querer lançar uma cortina de fumo sobre o essencial, a "questão central" como gosta de dizer Valter Lemos é a forma completamente inábil para não dizer despudoradamente acintosa como os professores têm sido tratados desde o início do mandato desta equipa do ME
Jamais esquecerei uma das primeiras reuniões em que participei enquanto DREC, com todo o estado maior do Ministério, em que logo os professores foram o "bombo da festa" e tendo eu chamado a atenção para a necessidade de a Ministra dar uma palavra de incentivo aos colegas a Sr.ª me ter respondido que os "professores queriam era que andassem com eles ao colo", o que me levou a ripostar em tom de brincadeira se ela às vezes não gostava também de um "colinho". A gargalhada geral não disfarçou o tom de crítica severa aos professores, apesar de quase todos à volta da mesa serem, ou terem sido, professores.
O que neste momento está em causa não é a obra do ME, é o grito de revolta de uma classe farta de ser ofendida e humilhada e como disse outro dia Marcelo Rebelo de Sousa se há coisas positivas para mostrar, o que não teria sido possível fazer se em vez de se estar contra os professores, se tivessem os professores como aliados. Esta é que é a verdadeira "questão central".
Publicada por José Manuel Silva em 4.3.08 no blog:
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