sexta-feira, 9 de fevereiro de 2007

Gabriel o Pensador

Uma prostituta chamada Brasil se esqueceu de tomar a plula e a barriga cresceu
Um bebé no estava nos planos dessa pobre meretriz de dezessete anos
Um aborto era uma fortuna e ela sem dinheiro
Teve de tentar fazer um aborto caseiro
Tomou remédio, tomou cachaça, tomou purgante
Mas a gravidez era cada vez mais flagrante
Aquele filho era pior que uma lumbriga
Ela pediu p'rum mendigo esmurrar sua barriga
E a cada chute que levava o moleque revidava l de dentro
Aprendeu a ser um feto violento
Um feto forte, escapou da morte
No se sabe se foi muito azar ou muita sorte
Mas nove meses depois foi encontrado, com fome e com frio, abandonado num terreno baldio

Pátria que me pariu!
Quem foi a pátria que me pariu?!
Pátria que me pariu!
Quem foi a pátria que me pariu?!
Pátria que me pariu!
Quem foi a pátria que me pariu?!
Pátria que me pariu!
Quem foi a pátria que me pariu?!

A criança a cara dos pais mas no tem pai nem me
Então qual a cara da criança?
A cara do perdo ou da vingança?
Ser a cara do desespero ou da esperança?
Num futuro melhor, um emprego, um lar ...
Sinal vermelho, no dê tempo pra sonhar
Vendendo bala, chiclete ...


É claro que se eu fosse o farpas ponha a música, mas não sou!...

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