terça-feira, 9 de maio de 2006

Será, sempre a descer!...

Portugal é, desde a sua génese, um país culturalmente obrigado a gritar por afirmação!...
Se D. Afonso Henrique fosse obrigado a aturar (até foi!), o que hoje os que clamam de independências, liberdades, direito à autodeterminação e outras coisas que tais, são obrigados a ouvir, não teria, por certo, continuado a conquista dos territórios mouriscos e mantinha-se como condado a levar com os desmandados do Rei de Castela (e sua mãe)…
Querermos a nossa maternidade, o nosso município, a nossa extensão de saúde, a nossa escola, a nossa auto-estrada, a nossa equipa na 1ª Liga, o querer, é legítimo! Lutar por isso válido e respeitável, ou não tivesse o pai da nossa identidade feito o mesmo há mais de 900 anos atrás…
Querer e lutar por estas e outras coisas sendo tecnicamente, economicamente inviável, até ilógico, não é fazer mais que D. Afonso Henriques!...
É esta a força de Portugal!
Dar identidades a esses cidadãos e co-responsabilizá-los, é necessário porque está enraizado culturalmente… Precisamos de dar “naus” a esses povos para que possam passar além do Bojador, virar os seus Cabos das Tormentas e serem grandes, tornando Portugal grande!...
Como podem querer ter pessoas a puxar pelo país, quando “os que mandam” (e até passam por cima de decisões de tribunais) são os primeiros a tirar as cordas aos cidadãos que querem ajudar?...
Enquanto Portugal for dos políticos portugueses e não dos cidadãos portugueses, será sempre a “descer”… Até deixar de haver Portugal e portugueses! Bem, talvez aí sejamos realmente felizes!...